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Heeey Girls/Boys... sou apenas uma Adolescente que está se descobrindo,ah viva cada minuto da tua adolescência com responsabilidade!Chorar, cair, levantar, sorrir, fazer loukuras, faz parte da vida :D

Perdido(a)?

domingo, 30 de junho de 2013

A Garota da Porta Vermelha



 
Capítulo Dezessete: ‘Odiar é mais seguro que amar’.

Existirão vários momentos na sua vida em que você sentirá medo. Tudo bem em ter medo, mas se não fizer nada para superá-lo, você pode acabar perdendo coisas muito boas. – Nathan Scott.
- Vem, Lu!
- Não! A água deve estar gelada demais! Podem ir sem mim! – Lua gritou pras duas amigas doidas que corriam pro mar.
Era incrível como às nove da manhã o sol já estava brilhando forte no céu havaiano. As meninas acordaram cedo, devido ao barulho feito pelas crianças que faziam aulas de surf pela manhã. Arthur dormia profundamente quando Lua foi olhá-lo antes de sair de casa; até o jeito em que o garoto estava esparramado pela cama era lindo diante dos olhos de Lu.
Ela olhava Julia e Cath jogando água uma na outra rindo, e não pôde deixar de sorrir; se sentia feliz, completa como não se sentia há muito tempo. A garota ajeitou os óculos escuros no rosto, colocou os fones do iPod no ouvido e olhou pra areia, indecisa entre sentar-se ali ou ir à casa buscar uma canga. Por fim decidiu ficar de pé, sentindo o vento bagunçando seus cabelos, a leve ardência que o sol proporcionava à sua pele e ouvindo a música calma que tocava. A voz de Kate Voegele era suave aos ouvidos de Lua, que fechou os olhos curtindo o momento.

- Bom dia – Arthur falou baixo ao abraçar a garota por trás, assustando-a.
- Aguiar! Que susto! – Lua tira os fones virando o rosto sem sair dos braços do garoto. – Você nunca vai perder essa mania de me assustar?
- Assustar? Eu prefiro a palavra surpreender – Arthur disse baixo, logo depositando um beijo no pescoço da garota – E obrigado por me dar bom dia.
- Ah meu Deus, ele já acordou manhoso – Lua ri ficando de frente para Arthur – Bom dia, Aguiar.
- Bom dia, Blanco – ele sorri de lado ao aproximar o rosto de Lua com uma mão, passa seu nariz no dela, fazendo-a rir baixinho; ele segue roçando o nariz pelo rosto da garota, passando pela bochecha, pescoço e chegando aos ombros nus - devido ao biquíni verde que Lua usa - Arthur depositou um beijo no local, e apoiou a testa, suspirando em seguida.
- Que foi? – a garota perguntou baixinho ao tocar os cabelos dele.
- É tão revoltante – a voz do garoto saiu abafada, fazendo Lua sorrir.
- O que é revoltante?
- Nós sermos tão idiotas a ponto de levarmos dois anos pra ficarmos juntos.
- Dois anos? Já? – ela se sobressaiu fazendo Arthur levantar a cabeça para olhá-la nos olhos.
- Dois anos! Acredita? – o garoto sorriu colocando uma mecha de cabelo que o vento bagunçou em Lua atrás da orelha. – Há dois anos eu sinto prazer em implicar com certa garotinha birrenta e orgulhosa.
- Jura? E como você agüentava essa garota? – ela entra na brincadeira, se segurando para não rir.

- Ah, eu ainda agüento, sabe? Mesmo ela sendo chatinha, cabeça dura e um pouco metida – Arthur tentava ficar sério, enquanto tocava as costas da garota com as pontas dos dedos, sentindo seus corpos colados, o fato de estar sem camisa e ela de biquíni proporcionava o total contato entre as peles, e a sensação era indescritível. – Mas assim, ela até que é bonitinha sabe? Daí compensa o esforço de aturá-la.
- Seu cachorro – Lua não agüenta e acaba rindo ao estapear o garoto que ria abertamente. – Eu sou insuportável assim, é?
- Você não faz idéia! – Arthur gargalhava se esquivando dos tapas da menina – Alguém já te disse que você é muito agressiva?
- Só sou agressiva com os bobos que me deixam bater neles – Lua diz rindo da cara de chocado que o garoto fez.
- Você não deveria ter dito isso – sorriu de um jeito maroto fazendo a garota encolher os braços e sorrir desconfiada – Corre!
- Quê? – Lua pergunta em meio a um ataque de risos.
- Começa a correr, eu to avisando – Arthur dá dois passos pra trás, como se preparando pro ataque.
- Aaaaah! – a garota sai correndo pela praia vazia, rindo e tentando não tropeçar na areia – Não! Pára, Aguiar!
- Corre, meu amor, pode correr, porque se eu te pegar... – Arthur gritava rindo, sem dar o máximo na corrida, dando certa vantagem a Lua.
- Por favor, chega! – ela ainda gritava e ria ao mesmo tempo – Eu não agüento mais correr!
- Ta bem, vamos parar – Arthur gargalhava do desespero da garota. – Por que você ainda ta correndo?
- Porque você também ta! – Lu olha pra trás rindo, e ao fazer isso tropeça, dando tempo de Arthur alcançá-la. Ele a puxou contra si ainda rindo, apertando-a em seus braços. – Ah, eu to ficando sem ar!
- Mas é mole mesmo! Não corremos quase nada – Arthur afrouxou o abraço, mantendo uma das mãos na base das costas de Lua, e com a outra tocou a face corada da menina sorridente e de olhos brilhantes que olhava pra ele.
- Ei, eu corro bem, ta legal? Mas uma gripe mal curada, mais uma bela corrida às nove da manhã na areia e um doido me esmagando... não dão um resultado muito satisfatório no quesito respiração – Lua sorriu de lado, ainda ofegante, ao abraçar o garoto pela cintura.
- E se o doido que está te esmagando resolver dar um mergulho?
- Ele iria sozinho, é claro.
- Ah, ele não iria, não.
- E quem ele quer levar junto?
- Hum... Provavelmente a garota dele – Arthur finge estar pensar ao passar seu nariz pelo de Lua.
- Ah, ele tem uma garota? – a garota diz baixinho de olhos fechados.
- Tem, uma garota linda, inteligente, meiga, sorridente, meio maluca... – ele usava o mesmo tom de voz que ela; aproximando seus rostos com a mão, sentindo seus lábios roçarem aos dela levemente.
- Meio maluca, é? – disse uma Lua totalmente entregue ao momento.
- Não. Na verdade, ela é completamente doida – ele ouve um suspiro baixinho escapar dos lábios dela quando dá um leve beijo no queijo da garota.
- Bom, ela deve ser mesmo... Pra gostar dele, sabe? – Lua diz com a voz fraca, apertando as unhas nas costas de Arthur.
- Você gosta de mim? – esquecendo a brincadeira, o garoto olhou cheio de esperança e malícia sorrindo para Lua.
- Eu sou sua garota? – ela respondeu do mesmo jeito, fazendo-o rir.
- Hum... Eu respondo depois do nosso mergulho.
- Nosso... QUÊ?! NÃO! AGUIAR! – antes que pudesse fugir Arthur já tinha a jogado nos ombros e corria de encontro ao mar – ESSA ÁGUA TÁ GELADA! ME COLOCA NO CHÃO!
- Eu juro que daqui a uns 10 anos eu estarei surdo! – Arthur disse rindo e tentando segurar Lua (que se debatia loucamente) em seus braços; ele a ajeitou em seu colo, posicionando-a de frente pra ele, colocando uma mão na coxa da garota e a outra bem na base das costas.
- Por favor, não me coloca na água – Lu fez um biquinho adorável, ao passar os braços pelo pescoço do garoto, sentindo a água quase tocar seu bumbum.
- Linda, não ta fria, eu juro! Ta morninha – Arthur falou de um jeito carinhoso, fazendo carinho nas costas de Lu, e a cada movimento, sua mão tocava mais e mais a calcinha do biquíni dela. – Coloca o pé pelo menos!
- Eu não gosto do mar! As pessoas fazem suas necessidades aí dentro, tem resto de gente morta... Eca! – Lua fazia drama ao esconder o rosto no pescoço do garoto, aproximando mais ainda seus corpos.
- Meu Deus, Lu! Como você é fresca! Fresca, enjoada, cheia de ‘não me toque’ – Arthur disse rindo, começando a dar leves beijos no ombro da menina.
- Eu sei que sou – ela disse manhosa, ainda grudada ao pescoço do garoto – Mas você gosta de mim assim.
- Além de tudo, ainda se acha – Arthur fingiu estar chocado, mas sorriu quando Lua levantou o rosto para olhá-lo – Mas, sinceramente, são essas coisas que te fazem ser mais especial ainda. Você é diferente, é autêntica.
- Eu só digo coisas bonitinhas pra você, quando eu estiver sentadinha longe da água – Lu disse sorrindo de lado, as bochechas coradas.
- Ok, você venceu! – Arthur riu ao voltar para a areia. Colocou Lua no chão, e ficou esperando que ela sentasse. – Vai ficar de pé?
- Imagina o que já não tocou essa areia? – ela fez cara de nojo olhando pro chão.
- Lua! Nós estamos no Hawaii, o paraíso na Terra, mar azul e areia branquinha... – ele dizia incrédulo e risonho, olhando a garota que fazia um biquinho lindo na sua frente. – E cara, você é brasileira! Como pode não gostar de praia?
- Ah... Sei lá! Acho que eu acostumei com Londres, até demais – Lua ainda olhava pra areia fazendo caretas quando Arthur deitou no chão – Arthur, eu deixei minhas coisas lá na frente da casa, será que tem algum perigo?
- Lu, isso aqui pode ser considerada uma ilha deserta! Olha em volta, só nós dois na areia, e as duas doidas na água – ele apontou para Cath e Julia que ainda estavam brincando no mar.Lua olhou para as amigas sorrindo, não percebendo o sorriso malicioso de Arthur em sua direção. – Aguiar, o que você...? AH! – o garoto a puxou pelas pernas, fazendo-a cair sobre ele – Seu tapado! Eu bati meu queixo na sua cabeça! Por favor, não quero ficar toda suja de areia – Lu gritava rindo, ao evitar tocar o chão, ficando assim, com o corpo todo sobre o de Arthur, que também ria alto.
- Nós parecemos dois bêbados. Quem olha, deve pensar que somos daqueles filhinhos de papai que vêem ao Hawaii torrar dinheiro, encher a cara e transar loucamente – ele ainda ria quando Lua se aquietou em seus braços; o garoto aproveitou pra deitar na areia, deixando a menina totalmente sobre si. – Bom, não somos filhinhos de papai, mas temos todas as outras características. Concorda?
- Temos? Falando por mim: eu não tenho dinheiro pra torrar no Hawaii, me recuso a beber depois que vi o que a bebida pode tirar de mim – Arthur logo entendeu ao que ela se referia, ou melhor, a quem.
- Eu não quero que você fique assim toda vez que pensar na Sophie – ele disse baixinho quando a garota suspirou deitando a cabeça em seu peito – Tenho certeza que ela quer que você seja muito feliz.
- Hoje eu posso dizer que sou completamente feliz, apesar da saudade que sinto da minha família e amigos no Brasil – Lua sorriu de lado, sentindo a pele quentinha de Arthur contra a sua – Eu interrompi seu raciocínio sobre filhinhos de papai, continue.
- Esqueci onde parei... Ah! As características. Primeiro: o dinheiro, a banda me rende bastante, e eu nunca me importei em gastar com a doida da minha irmã e com a Cath, mas você não me deixa pagar nada! – o garoto dobrou o braço atrás da cabeça, deslizou a mão pelas costas de Lua, parando em sua cintura – Lembra do dia que vocês estavam no meu apartamento e todo mundo votou pra coca e pipoca, mas você sempre do contra...
- ... pedi guaraná e chocolate – Lua riu ao lembrar do dia em que os garotos do McFly, as namoradas, as irmãs deles, ela e Cath foram assistir filmes num dia chuvoso. – Porque eram as únicas coisas que você não tinha em casa!
- Eu me ofereci pra ir comprar, você recusou. Mesmo assim levei você e a Cath de carro ao mercado; você pegou duas barras, eu peguei logo dez para que, se você quisesse mais, tivesse lá na hora; esperei na fila e quando fui pagar tudo... – Arthur sorriu de lado, indicando que ela terminasse a história.
- Eu disse ‘eu pago o meu, Aguiar’ - Lua conseguiu dizer em meio a gargalhadas.
- Você fez de propósito, não fez? – ele perguntou rindo.
- Juro que não! Já foi bem estranho você deixar todo mundo no seu apartamento pra me levar ao supermercado, e ainda pagar pelas minhas compras?
- Foram em momentos assim que eu lutava pra disfarçar minhas intenções...
- Intenções?
- É, de querer te agradar, nem que fosse pagando guaraná e chocolate – nesse momento Lua levantou a cabeça a tempo de ver as bochechas de Arthur ganharem um vermelho mais intenso.
- Ah que fofo! Eu deixo você me comprar um chocolate – a garota disse rindo ao aproximar o seu rosto de Arthur – Ta bom?
- Se dependesse só de mim, eu pagaria tudo pra você... Pro resto da vida – ele disse baixinho passando seu nariz no de Lua – Você deveria saber...
- Saber que você quer ser daqueles maridos que trancam as esposas em casa? – a garota respondeu da mesma forma, finalizando com uma leve mordida no lábio inferior dele.
- E quem falou sobre casamento? – sussurrou tocando os lábios de Lua com os seus.
- Ah, quer dizer que eu seria a outra? – ela cerrou os olhos.
- Nunca ouviu dizer que as amantes ficam com o que os homens têm de melhor? – Arthur disse num misto de provocação e divertimento.
- Quanto machismo! – ela riu – Qual a vantagem em ser amante? Nunca sairíamos de mãos dadas ou ter demonstrações de carinho em público!
- Qual parte da amante fica com o que o homem tem de melhor você não entendeu? – o garoto disse com a voz rouca ao descer a mão pela lateral do quadril de Lua. – O que nos leva à ultima característica de filhinhos de papai no Hawaii...
- Ei! Seu pervertido! – a garota ria mordendo o queixo de Arthur – Primeiro propõe que eu seja sua amante e agora isso?
- Desculpe, não consigo controlar – ele apertou a garota contra o próprio corpo, demonstrando o que queria dizer – Foram dois anos difíceis, entende?
- Exatamente, você se controlou por dois anos, então agüenta por mais um tempo... Porque eu não... Eu nunca... Hum... Você sabe... – ela foi ganhando um tom mais rubro a cada palavra que saía de sua boca.
- Você nunca...? – Arthur levou alguns segundos pra processar a informação – Cara, sério?
- Por que tanta surpresa? Eu saí do Brasil com 15 anos, muito nova pra ter sentido coragem e segurança suficiente em alguém pra ter feito... – o mundo dá voltas, quem diria que a garota estaria falando sobre esse assunto justo com Arthur Aguiar! – Daí, desde que cheguei a Inglaterra, certo membro branquelo do McFly vem me deixando alheia a todos os outros caras, sabe?
- Hum... Então em outras palavras... – Arthur se apoiou no cotovelo esquerdo, com Lua totalmente sobre si, deixando os rostos tão próximos a ponto de se roçarem ao sussurrar – ... você é literalmente minha garota?
- Bem... – Lu sentiu a mão direita de Arthur descer de suas costas, apertar de leve sua cintura, fazer o contorno de seu quadril e voltar o mesmo percurso com as pontas dos dedos, causando-lhe arrepios em pleno sol havaiano. Ela apoiou uma mão no peito do garoto e a outra na areia (que se danasse o nojo) de modo que pudesse alcançar o pescoço de Arthur com seus lábios; dando leves beijos no local, subindo até a orelha dele, sussurrando. – Eu não disse que o membro do McFly se chamava Arthur Aguiar. Na verdade, eu tinha o Chay em mente, mas a Mel atrapalhou meus planos... Então serve você mesmo – ela tentou manter-se séria, mas ao fim da frase, olhou nos olhos de Arthur e não conseguiu evitar a gargalhada.
- Haha, muito engraçado – ele disse irônico para a garota que ainda ria sem parar; aproveitando o momento de distração, mais uma vez ele desceu a mão pelo corpo da menina, vendo-a parar de rir no exato momento em que sua mão atingiu a parte inferior de seu biquíni. – Vamos ver então se eu sirvo mesmo.

Ao terminar de falar, Arthur mordeu levemente o lábio inferior de Lua, fazendo-a sorrir de lado; também sorrindo fraco, o garoto passou a ponta da língua pela boca de Lua, essa fechou os olhos e cedeu todo seu peso sobre Arthur ao abrir a boca, permitindo o beijo que os dois ansiavam desde o primeiro momento daquela manhã. Arthur também acabou por ceder o braço em que estava apoiado, invertendo em seguida as posições, ficando por cima de Lua.

As respirações pesadas se misturando, a fina camada de suor, a aspereza da areia, o calor vindo do sol, mãos ansiosas correndo pelos corpos e o beijo. Ah, o beijo... que se tornava cada vez mais intenso devido à vontade e ao desejo guardados por tanto tempo; Arthur estava um estado de tamanha excitação, que nem passou por sua cabeça que talvez pudesse estar machucando Lua com a força que colocava seu corpo contra o dela. A garota por sua vez nem lembrava mais onde estava; quanto mais se tinha um suposto nojo da areia à qual seu corpo estava colado.

Arthur colocou uma de suas mãos na coxa da garota, tentando obter maior contato entre os corpos; tinha se apoiado em um cotovelo para não deixar todo seu peso sobre Lua, entrelaçando os dedos nos cabelos da menina. Ela não conseguia se decidir entre manter as mãos na base das costas do garoto, ou puxá-lo contra si.

- Arthur...
- Hum?
- Arthur – ela repetiu, sentindo os beijos do garoto chegando cada vez mais perto de seus seios. – Garoto, me escuta!
- Oi? – ele que ainda estava em cima da garota, olhou-a nos olhos, vendo o quão corada ela estava; os lábios quase atingindo a cor roxa de tão vermelhos que estavam; pequenas marcas se destacam em seu pescoço, devido as mordidas que ele dera no local.

- Acho melhor você se controlar – Lua disse com a voz falhando – Acho que você esqueceu onde estamos... – mesmo antes de ela terminar de falar, o garoto entendeu sobre o que era. Ou melhor, sentiu o quão animado tinha ficado sem ao menos se dar conta.
- Erm... Lu, desculpa. Eu... Eu não... – era a primeira vez que ele se desculpava com uma garota por ficar excitado durante uma sessão de amassos.
- Ta tudo bem, é meio que interessante saber que te deixo assim – ela sorriu de lado quando Arthur pressionou sua cintura contra a dela.
- Você vai ter que ficar quietinha, até eu me acalmar, sabe? – o garoto riu da situação, sendo seguido por Lua, e o movimento do corpo da garota ao rir, só fez com que ele ficasse mais animado – Lu! Eu disse quietinha! Se você fizer qualquer movimento, nós ficaremos aqui pra sempre, porque isso não vai passar.
- Ok, desculpa – ela tentou não rir dessa vez.

****

- Cath, eu juro que se você vier com esse suco de laranja azedo pro meu lado de novo...
- Lu, você tem que curar essa gripe. Bebe o suco.
- Coloca açúcar, então!
- Tem que ser natural.
- Quem disse?
- Eu to dizendo.
- Julia, me ajuda, por favor?
- Cath, ela já tomou remédio, pára de perturbar.
- Perturbar? Ah tudo bem, eu aqui me preocupando com a senhorita Brasil, e viro motivo de perturbação.
- Oh meu amor, você sabe que te amamos, mas se ela não quer o suco...
- Me deixa morrer de gripe.
- Credo, Lua, vira essa boca pra lá – Cath bateu na mesa de madeira onde as três garotas tinham acabado de sentar para o almoço; o sol brilhava forte, num convite mudo para aproveitarem o paraíso que era o Hawaii. – Mudando de assunto, Lu querida, você perdeu nosso passeio ontem.
- Acho que ela não teria gostado tanto quanto nós – Julia sorriu sapeca.
- O que vocês aprontaram? – Lua arregalou os olhos – Eu realmente tenho pena do Edward e do Billy.
- Ei, não fizemos nada desse tipo. Nós conhecemos várias pessoas daqui mesmo, e o melhor de tudo...
- ... Nós nadamos à noite – Cath completou rindo bobamente.
- Vocês têm bosta na cabeça? Malucas! Vocês poderiam ter sido devoradas por algum bicho – Lua disse exasperada.
- É, tipo o monstro do lago Ness – Julia riu ironicamente – Relaxa, Lu, você é medrosa demais.
- Achamos que você tivesse dormido no banho – Cath cortou ao ver Arthur (sem camisa, vale ressaltar) vindo em direção à cozinha.
- Obrigado por não me esperarem pra comer, suas tagarelas – ele disse sorrindo, apertando o nariz de Cath, depois beliscando a bochecha da irmã, e por fim se inclinando diante da cadeira de Lua, tocando-lhe a face – Olha, a tagarela doentinha me esperou – falou rouco passando o nariz levemente pela bochecha da menina, ao vê-la fechar os olhos, Arthur sorriu antes de encostar seus lábios nos dela.
- EW, QUE NOJO. ESSA MELAÇÃO LOGO NA HORA DO ALMOÇO – Julia fingiu ânsia de vômito, rindo; Arthur afastou o rosto e olhou Lua nos olhos, rindo ao ver o sorriso sapeca nos lábios dela.
- Ah gente, pára! O dia ta tão lindo e vocês vão estragar? – Cath fez drama, enquanto Arthur sentava ao lado de Lua, que a olhava em dúvida. – Tipo, vocês dois finalmente se acertaram, vai chover. Sacaram?
- Deixa de ser besta – Arthur riu dando língua pra menina.
- Então, Lu, agora que você é minha cunhadinha adorada... – Julia sorriu de um jeito pidão ao olhar a amiga.
- O que você quer? – Lua cortou sorrindo em conformação.
- Olha! Você nem negou. Então vou aproveitar: quero seu vestidinho vermelho.
- Pode pegar.
- Ah ta fácil assim? – Cath riu. – Então, Lu, posso pegar seu biquíni azul marinho?
- Pega, vai – Lua ainda sorria, roubando pedaços de tomate do prato de Arthur.
- Ei Cath, ela é minha cunhada, ou seja? Favores só pra mim – Julia gargalhou ao ver a cara de piedade de Lua. – Mas aproveitando o embalo, posso usar os óculos novos? Ah, não faz essa cara, cunhadas servem pra isso!
- Você ta me explorando! – Lua disse alto, fazendo as meninas rirem e Arthur lhe dar um beijo no ombro – Usa, pode usar. Levem tudo! Me deixem pelada logo de uma vez!
- Não seria uma má idéia – Arthur disse baixinho, mas Lua ouviu, dando-lhe um tapa no braço, o fazendo rir.
- Cuzete, você é a melhor! – Julia sorriu abraçando Lua.
- Cuzete? – Arthur arqueou a sobrancelha, fazendo Cath dar risada.
- É uma variação de cunhada – a irmã do garoto respondeu como se fosse óbvio.
- Tenho até medo de saber onde isso vai parar – Lua balançou a cabeça sorrindo – Tipo, eu posso saber para quê vocês querem todas essas coisas?
- Ah nós vamos sair – Cath disse levantando. – Vamos pra piscina de uma garota que conhecemos ontem.
- Conheceram ontem e já vão pra casa dela? – Arthur perguntou com a boca cheia de comida.
- Garoto, deixa de ser porco! – Julia jogou uma batata frita no irmão rindo – É, qual o problema? Não dê ataque de irmão mais velho agora, por favor!
- Vamos logo – Cath puxava Julia – Temos que nos arrumar. Vocês vão, né?
- Quer ir? – Arthur olhou para Lua de um jeito doce, fazendo Lua negar sorrindo e ouvindo ‘aww’ vindos de Cath e Julia.
- Bom, nós vamos, qualquer coisa é só ligar. Não façam nada que eu não faria – Julia disse saindo da cozinha com Cath.
- Acho que, então, podemos fazer tudo - Lua disse rindo para Arthur.
- EU OUVI ISSO, BLANCO.

****

- Já chega de dormir, não acha? – disse baixinho com o rosto contra os cabelos da garota que dormia profundamente em seus braços – Lu? Ei você, acorda.
- Não – ela murmurou sem abrir os olhos; sentindo os braços de Arthur envolvendo-a por trás, a respiração dele em seu pescoço.
- Vamos fazer umas contas – o garoto disse após depositar um beijo no pescoço de Lua – Você dormiu logo depois do almoço, eu dormi bem depois e já acordei, mas você continua aí... Ta na hora de levantar, concorda?
- Não – ela murmurou mais uma vez, sorrindo de lado, sem que Arthur pudesse ver.
- Quer parar de falar não pra mim? – o garoto disse com os lábios contra o pescoço de Lu, dando uma mordidinha ao senti-la contrair o corpo.
- Não – dessa vez ela riu de verdade quando Arthur suspirou indignado contra sua pele.
- Ah é assim? – segurando em sua cintura, virou a garota de frente para si mesmo, ficando com as cabeças alinhadas no travesseiro – Eu sou feio?
- Não – ela sorriu.
- Hum, você não gosta de mim?
- Não – o garoto colocou um braço debaixo da cabeça de Lua, e o outro em volta da cintura da mesma, fazendo com que ficassem com os corpos colados.
- Você se arrepende de alguma coisa que viveu comigo?
- Não.
- Nem das brigas?
- Não.
- É, eu também não. Se não fosse por elas, acho que estaríamos juntos hoje – ele sorriu ao vê-la concordar levemente com a cabeça – Você ainda não quer ir ver onde aquelas doidas da Cath e da minha irmã se meteram?
- Não.
- Você ainda acha que se a Mel não tivesse atrapalhado seus planos, o Chay seria melhor que eu?
- Não.
- Você quer ficar mais um dia sequer longe de mim?
- Não. Não. E não.

****

- Esse restaurante me lembra de ‘Como se fosse a primeira vez’.
- Credo, Cath, eu estava exatamente tentando lembrar o nome do filme – Julia riu pra amiga.
- Eu gosto dele, porque o Adam Sandler é feio, mas o que ele faz pela Lucy é tão mágico, que todo mundo quer um Henry na vida – Lu completou.
- Eu... – Arthur mal disse a primeira palavra e foi interrompido pela irmã.
- Se você disser ‘eu posso ser um Henry na sua vida’ eu juro que te bato – a garota cerrou os olhos e mostrou a mão em punho para o irmão, fazendo as amigas rirem.
- Como estava dizendo antes de uma maluca cortar: eu vou ao banheiro – era incrível como o humor de Arthur tinha mudado até diante das implicâncias de Julia – Já volto.
- Ah, finalmente alguns minutos sozinhas – Cath disse assim que o garoto saiu da mesa. – Não que eu não goste do Arthur, mas é que você, dona Lua Blanco, ainda não nos contou como vocês ficaram.
- É mesmo, cunhadinha. Conta tudo! – Julia empurrou a amiga de leve com o ombro, fazendo-a corar.
- Ah meninas, eu posso contar um resumo, porque são muitos detalhes e o homens não demoram no banheiro – Lu disse rápido ao olhar na direção que Arthur havia saído.
- Faz um resumo, rápido!
- Bom depois que vocês saíram nós fomos a um barzinho; lá nós fizemos aquela típica encenação de ‘somos um casal’ pra um cara que veio falar comigo; quando voltamos pra casa, fizemos um jogo de perguntas e respostas... E bom, agora não existem mais segredos entre nós. – Lua sorriu ao lembrar da noite anterior – Daí ele me beijou. Pronto. Fim da história.
- Começo, você quer dizer né? – Julia sorriu pela visível felicidade da amiga – Porque agora que a história de vocês vai começar pra valer.
- O que já tava passando da hora – Cath finalizou rápido sorrindo quando viu Arthur se aproximar da mesa.
- Estavam falando de mim, certeza – o garoto disse ao sentar-se.
- Modéstia é seu sobrenome, certeza – Cath riu dando um tapa na cabeça dele.
- Olha, Lu, seu nome será Lua Blanco Modéstia quando a gente casar – Arthur disse de um jeito engraçado olhando para Lu.
- Casar? Mas eu não seria a amante? – disse rindo.
- Que história é essa? – Julia quis saber.
- Coisa nossa, irmãzinha, assunto meu e da minha garota.

****

Cinco dias depois...

- Como você consegue ficar com os pés gelados num calor desses?
- Cala a boca e me esquenta.
- Hey, olha como fala comigo, mocinha. Te expulso da minha cama.
- Nossa cama, Aguiar. E se você falar demais, vai virar só minha.
- Como eu posso gostar de um ser tão mandão?
- Como eu posso gostar de um ser tão reclamão?
- Mas esse ser reclamão é irresistível, é normal que você tenha se apaixonado por ele.
- Acho que o ser mandão é mais irresistível, vendo pelo lado de que o ser reclamão teve que tomar dois banhos frios em uma única noite.
- Maldade, Lu – Arthur sussurrou roçando seu nariz no da garota.
- Mas não é verdade? – ela tinha os olhos fechados, sentindo a respiração dele atingir seus lábios.
- É. Mas mesmo assim é maldade você lembrar disso – o garoto puxou o corpo da menina contra o seu, adentrando a blusa dela com uma das mãos. – Maldade mesmo é esse seu pijama.
- Se quiser, eu posso trocar pela calça de moletom e baby look – Lua colocou sua perna entre as de Arthur, sentindo-o se contrair quando ela colocou o pé frio em sua perna – Mas foi você mesmo que disse que colocaria fogo no meu moletom, se eu o usasse aqui na praia.
- Nada de moletons. Gosto do seu pijama – ele olhou o corpo da garota coberto por apenas um shortinho azul e uma regata branca, na qual sua mão ainda estava por baixo. – Mesmo que eu tenha que tomar vários banhos frios por culpa dele, eu gosto do pijama.
- Então antes que você tenha que tomar mais um, vamos dormir. São quatro da manhã! – Lu deu um beijo no queixo de Arthur ao olhar pro relógio.
- Não é à toa que eu to com sono, sofrer tanto cansa – ele disse contra o pescoço da menina, distribuindo beijos e fracas mordidas pela região.
- Sofrer? – ela suspirou de olhos fechados.
- Sim, sofrer. Sofrer com os seus vestidos, com seus shorts, seus tomara-que-caia, seus biquínis e, principalmente, sofrer com os pijamas que você usa – Arthur foi deixando um rasto de saliva pelo colo e pescoço de Lua ao falar. – Ser comportado com você toda vestida em Londres já era difícil, agora ser comportado vendo tudo isso – ele apertou o corpo de Lu contra o seu, indicando o que queria dizer. – Cansa. Cansa demais.
- Acho que eu posso evitar tanto esforço... – a garota fez com que Arthur deitasse corretamente na cama, ficando por cima dele – ... Tanto sofrimento... – beijou-lhe o pescoço, passando as unhas pela barriga dele, que a contraiu respirando fundo -... E tanto cansaço... – finalmente tocou os lábios de Arthur com a ponta da língua, até que ele os abrisse.
Mal aprofundou o beijo, e Lua já sentiu o corpo dele sobre o seu, prensando-a contra o colchão. Todo o comportamento de Arthur foi por água abaixo em poucos segundos; ele percorria o corpo da garota com as mãos, apertando, sentindo; puxou uma das pernas de Lu até sua cintura, deixando para ela mais evidente o desejo que sentia. A menina segurava os cabelos deArthur com força, sabendo que naquele momento ele não sentiria dor alguma; arranhava as costas do garoto sem dó, deixá-lo marcado seria apenas mais uma prova de que ele era seu.
Passou a outra perna em torno da cintura de Arthur, fazendo com que ele suspirasse alto ao senti-la tão próxima. Quando a mão do garoto, que estava debaixo da blusa de Lu, atingiu o contorno dos seios...
- Merda! – o celular da garota tocava alto o refrão de ‘Rehab’ da Amy Winehouse, assustando o casal. – Quem é a mula que ta ligando a essa hora? – Lua resmungava baixo ao sair debaixo de Arthur, procurando o maldito celular no escuro. – Chamada perdida, número confidencial. Que maravilha.
- Ahn, Lu... Eu vou... Vou tomar outro banho – Arthur disse rápido, ao sair da cama e entrar no banheiro.
- Mas Arthur, a gente... – a garota ouviu a porta do banheiro bater e se calou, sentindo a respiração ainda ofegante.

****

- Hey, vocês duas vão sair de novo? Sinto que quase não vi vocês durante a viagem!
- É claro que não, você anda ocupada demais tentando silenciar celulares no meio da noite – Julia disse maliciosa para Lua.
- O que...? Do que você ta falando? – a garota corou rapidamente.
- Ah Lu! Durante a semana toda nós tivemos que dormir com o rádio ligado, pra abafar os ruídos vindos do quarto ao lado, se é que me entende – Cath disse rindo da cara que a amiga fazia.
- Eu... Hum... Nós...
- Lu! Relaxa sua boba! A gente só ta brincando com você – Julia a abraçou de lado – Nós ficamos felizes que você e meu irmão estejam se dando tão bem.
- Eu não diria tão bem – Cath fingiu uma expressão pensativa – Se estivessem bem mesmo, a Lu já teria parado de torturar o pobre garoto, e daria logo o que ele quer.
- Catherine! Isso é jeito de falar? – disse Lua dando-lhe um tapa.
- Eu não to mentindo! To? – Cath massageia o braço atingido.
- Não, mas não é tão simples assim...
- Então nos explique o que complica – disse Julia.
- É que... Ah meninas, o fator virgindade não é a única razão. Ok, tenho meus medos e dúvidas, mesmo assim... Gente, eu sei que parece bobagem, mas eu tenho medo que ele perca o interesse depois que conseguir o que quer – Lua suspirou ao terminar de falar; ajeitando o chapéu seu chapéu de diva (palavras de Cath) quando uma rajada de vento passou pela parte da praia em que estavam no final da tarde.
- Perder o interesse? Lua! Eu nunca vi o meu irmão assim antes, apaixonado. Você não vai acreditar em mim, porque sou irmã dele... Pergunta pra Cath então – Julia disse exasperada, balançando Lu pelos ombros.
- Amiga, sério. Eu conheço os Aguiar a minha vida toda, e eu juro que essa é a primeira vez que é impossível falar ‘ah, o Arthur com essa garota vai durar no máximo dois meses’. Lu, você acha que nós deixaríamos que ele brincasse com você? Vocês esperaram, na verdade perderam dois anos... Vocês merecem ficar juntos de todas as formas possíveis – Cath disse abraçando a amiga que sorria ao seu lado, sendo seguida por Julia, esmagando Lua num abraço esquisito.
- Aaaaah, meninas! Não tenho nem o que dizer... Eu amo vocês.
- E nós amamos vocês, garota do Brasil.

****

- Isso sim é casa.
- E detalhe que é a casa de verão da Melanie, ela mora na França.
- Quem é Melanie?
- A garota que conhecemos na praia, Arthur!
- Ah é – o garoto riu ao entrar na mansão, entrelaçando seus dedos aos de Lua – Vem cá, Lu, a tal menina dona da casa disse tem um jardim lindo lá atrás.
- É Melanie, Aguiar! – ela riu, sendo puxada para a lateral da maravilhosa casa – Olha, a porta é vinho...
- Sorte que não é vermelha, se não teria que roubá-la... Porque só existe uma garota da porta vermelha – o garoto disse simplesmente; Lua parou, sorrindo feito boba, e de repente jogou os braços em volta do pescoço dele.
- Arthur Aguiar, de onde você tira essas coisas? – disse depois de dar um selinho nos lábios do garoto, que a abraçava pela cintura – Se eu souber que você diz isso pra todas as garotas, eu cumpro uma promessa muito antiga que te fiz.
- Qual promessa? – Arthur murmurou mordendo o lábio inferior da menina.
- De promover um reencontro entre meu joelho e o júnior – ela riu ao ver o garoto arregalar os olhos.
- Imaginar amor, eu só digo essas coisas pra você – disse fazendo graça – E pode deixar que o júnior não ta com saudade do seu joelho, ok?
- Bobo – Lua riu antes de ser prensada por Arthur contra uma árvore – Aguiar, você não disse que tava cansado de sofrer?
- Eu sou masoquista, admito – ele sorriu de lado. – Preciso te falar uma coisa.
- Ah meu Deus, você é gay! – a garota gargalhava.
- Depois eu que sou o bobo – Arthur balançou a cabeça rindo; posicionando o rosto na curva do pescoço de Lua; a menina mexia em seus cabelos, ele a abraçava forte pela cintura. – Continuando, eu tenho que te falar uma coisa, na verdade, te pedir desculpas.
- O que você aprontou mocinho? – ela ainda fazia graça, Arthur a olhou sério – Desculpa, pode falar.
- Eu sinto que tenho te pressionado... Bem, a transar comigo – o garoto levantou as sobrancelhas, visivelmente tímido – Eu posso me segurar, o tempo que você quiser...
- Arthur, você não ta me pressionando... Não é como se nós tivéssemos nos conhecido semana passada, eu acho que é meio normal... sentirmos vontade – ela sorriu de lado, encostando sua testa na de Arthur.
- Eu sei, Lu, é exatamente por isso. Eu esperei por quase dois anos... Você me disse que é virgem... Eu posso esperar... Ontem, se seu celular não tivesse tocado... Me desculpe – ele sussurrou olhando sua garota tão de perto.
- Seu bobo, fica se preocupando com isso... Você acha que se eu sentisse algum tipo de pressão, eu não teria falado?
- Mas, Lu...
- Shh – ela o calou com um beijo. Os dois queriam aproveitar o momento de cumplicidade; um beijo lento, chegando a ser assustadoramente calmo. – Eu confio em você... E ah, a única diferença entre nós dois é que eu não preciso tomar um banho frio... Porque a empolgação é a mesma.
- Sério? – Arthur sorriu fraco, o nariz roçando o da menina, que ainda mantinha os olhos fechados – Lu? Olha pra mim.
- Oi?
- Eu... Eu am...
- LUA! ARTHUR! Julia e a Cath estão procurando vocês – Melanie interrompendo o que ele ia dizer; fazendo os dois suspirarem, fingindo que nada aconteceu, e irem pra piscina.

- Gente, olha pro céu.
- Caraca, olha as nuvens que estão vindo pra cá.
- É melhor irmos embora antes que comece a chover, então – Cath saiu da piscina da casa de Melanie (a garota que conheceram na praia) esperando que os outros três fizessem o mesmo.
- Precisamos passar em algum lugar pra comprar comida – Lua secou o corpo, colocou seu vestido e os óculos na cabeça, segurando os fios que secavam rapidamente e caíam em seus olhos – Certo monstrinho comeu tudo ontem, e ainda temos mais três dias aqui.
- Eu só ganho apelidos carinhosos, alguém já reparou? – Arthur, ainda molhado, abraçou Lu por trás e mordeu sua bochecha.

****

- Bem folgadas, aquelas duas né? – o garoto resmungava ao entrar no mini-mercado, que ficava a duas quadras da casa em que estavam. – Eu não entendo como os namorados delas agüentam o peso dos chifres.
- Arthur! – Lua o repreendeu com um cutucão nas costelas, devido a estarem andando abraçados – Elas não traem os namorados. A Melanie nos convidou pra dormir lá também, nós que não quisemos... As meninas não são obrigadas a fazer tudo que a gente quer.
- Elas só ficaram pra não terem que carregar sacolas. Não vou deixá-las comerem nada das porcarias que eu comprar – Arthur riu vingativo.
- Mas eu vou deixar, sim – Lua desafiou com um sorriso parecido com o do garoto.
- Você me assusta, garota – ele disse baixo antes de levantar o rosto da menina, dando um longo selinho.
- Vamos logo, que eu não to a fim de ter que carregar sacolas na chuva – finalizou puxando Arthur para as prateleiras.

- Querido, se você não me soltar, não tem como movimentar meus braços e terminar de pegar as coisas... – Lua disse rindo, Arthur a abraçava por trás, fazendo graça. – Arthur, tem alguma coisa vibrando...
- Epa! Eu ainda não vibro – ele disse rindo ao tirar o celular da garota do bolso de sua bermuda. – Quem é que tanto te liga?
- Não sei. Nunca consigo atender, e o número é confidencial... E quando ligo de volta, ninguém atende – respondeu Lua tentando adivinhar quem estava ligando – Ta chamando de novo... Ah droga, aqui não tem sinal direito.
- Vai lá fora, eu termino de pegar as coisas – disse Arthur dando-lhe um beijo na testa.

- Alô? Alô-ôu? Merda de sinal.
- Lu?
- Oi! Quem é?
- Erm, é o Nick.
- Ni-Nick, oi – a garota sentiu o coração disparar; fazia tempo que ele não ligava, pra falar a verdade, nem lembrava mais de Nicholas Hoult.
- Tudo bem? – a voz dele era tímida, típico.
- Uhum, e você? – Lua sentou num murinho na calçada da praia, de costas pro mercadinho.
- To bem... Eu tenho tentado te ligar... – ele suspirou, e a garota sabia que ele estava passando as mãos nos fios negros de cabelo que caiam em seus olhos extremamente azuis – Eu... Às vezes a ligação caía, outras eu desistia...
- É, eu to no Hawaii.
- A Sra. Aguiar me disse quando liguei te procurando. 
- O que você queria? – algumas gotas começaram a cair do céu.
- Ainda quero... Lu, eu sinto sua falta. 
- Nick, você não pode me ligar e falar esse tipo de coisa.
- Eu não tinha planejado, só queria ouvir sua voz... Mas é impossível me controlar – ele disse rápido, meio nervoso.
- Nick...
- Lu, você já me perdoou? 
- Nick...
- Só me responde. 
- Você não chegou a fazer nada... Eu já esqueci.
- Você acha que algum dia vai poder confiar em mim outra vez? 
- Eu não sei – Lua disse olhando pro céu. – Eu preciso desligar, ta vindo uma tempestade.
- Ok... Mas antes me responde uma coisa. 
- O quê? – as gotas de chuva foram ficando maiores e mais fortes.
- Nós podemos ser pelo menos amigos? Você pode gostar de mim o suficiente pra isso? – ele disse decidido. Lua se levantou, a chuva estava começando a molhar de verdade.
- Nick, é claro que eu gosto. Acha mesmo que eu te atenderia em pleno Hawaii se não gostas... – quando a garota se virou, viu Arthur parado de olhos arregalados, com algumas sacolas nas mãos – Arthur.
- Lu? Ta me ouvindo? – a voz de Nick saía do celular, mas a garota não ouvia. Ela estava paralisada: a expressão de Arthur era de raiva e descrença; ele agora tinha dado-lhe as costas, andando em direção de casa.
- Arthur! Espera! – Lua tentou falar, mas o barulho da chuva já estava alto o suficiente para que ele não a ouvisse. Ela desligou o celular na cara da Nick, e começou a andar rápido –Arthur? Arthur! ARTHUR!
- QUE FOI? – ele virou bruscamente, assustando a menina pelo ódio que tinha em seus olhos – O que foi, Lua? Ficou muda? Só tinha coisas a dizer pro outro?
- Arthur, você não ta entendendo... – a garota se aproximou, estendendo a mão para tocar seu braço.
- Sai. Não quero você perto de mim – ele disse recomeçando a andar – Você me dá nojo.
- Me escuta! Não é nada do que você ta pensando – Lu tentava andar rápido pela calçada, mas a chuva embaçava sua visão.
- E o que eu to pensando? – Arthur parou a uma boa distância da menina, passando a mão no rosto molhado – Que você e o Hoult têm se falado com freqüência? Que você gosta dele? Que você mentiu pra mim?
- Arthur, escuta o que você ta falando! – ela gritou, abrindo os braços para a chuva; seu vestido já estava pesado em seu corpo; seus olhos ardiam – Que tipo de garota você acha que eu sou?
- O tipo de garota que quase me deixou dizer ‘eu te amo’ sem sentir o mesmo – ele também gritava se afastando mais e mais da menina.
- O QUÊ?! Eu não acredito que você disse isso! Eu ia deixar você dizer que me ama porque eu queria ouvir... – nem terminou a frase e Arthur e interrompeu.
- Queria ouvir? Queria? Tudo bem, eu já fiz papel de palhaço mesmo – o garoto riu ironicamente, abrindo os braços na chuva e dessa vez berrando – EU AMO VOCÊ! EU ME ODEIO POR SENTIR ISSO, MAS EU TE AMO, LUA BLANCO!
- EU TAMBÉM TE AMO, ARTHUR AGUIAR, SEU IDIOTA – ela disse do mesmo jeito, parando mais perto garoto - VOCÊ É UM IMBECIL, COM ESSA MANIA DE TIRAR CONCLUSÕES PRECIPITADAS! EU LUTEI CONTRA ISSO, MAS EU AMO VOCÊ HÁ TANTO TEMPO QUE... – Lua nem mesmo terminou a frase, Arthur jogou as sacolas no chão e a puxou sem delicadeza alguma contra si; agressivamente tocou os lábios da garota com os seus, apertando-a contra si, sentindo o vestido molhado dela em seu peito; Lua tentou afastá-lo, empurrando-o pelos ombros, mas quando Arthur tocou seus lábios com a ponta da língua, a menina o envolveu pelo pescoço, permitindo o beijo.
O céu parecia estar desabando. A chuva se tornava cada vez mais forte e barulhenta. O vento agitava lindo mar e os coqueiros da praia. Tudo estava deserto... Exceto por um garoto que abraçava uma garota fortemente durante um beijo; um beijo repleto de sentimentos contraditórios.
Afinal, eles eram Arthur e Lua, o casal que odiava se amar e amavam se odiar.
- Eu amo você... – ele sussurrou contra os lábios da garota, segurando seu rosto, delicadamente dessa vez. – Eu te amo... Eu te amo...
- Que tipo de amor é esse? Que é declarado aos berros... – Lua abriu os olhos lentamente e empurrou Arthur para longe de si – Você acabou de dizer que não confia em mim. Me acusou de gostar do Nick e mentir pra você... Me diz que amor é esse? Porque se ele for sempre assim, eu não quero esse amor.
- Lua, volta aqui! – Arthur, visivelmente chocado pelas palavras ditas instantes antes, apenas viu a menina sair correndo pela rua... Desaparecendo rapidamente pela tempestade de verão.

[N/A: Coloquem pra carregar essa música].

Lu entrou em casa chorando compulsivamente, seu corpo chegava a balançar devido aos soluços, e o fato de estar tremendo de frio também contribuía. Pegou a calça de moletom que fora jogada no fundo da mala, uma blusa de mangas compridas e meias, e entrou no banheiro. Depois de chorar durante um bom banho quente (e morrendo de medo de explodir alguma coisa, por estar chovendo tanto), a menina se vestiu, parando de chorar; por hábito, acabou indo para quarto de casal... Quando olhou a cama, vendo várias de suas coisas misturadas com as de Arthur, recomeçou a chorar, fechou a porta do quarto e foi para o quarto das meninas.
Deitou em uma das camas, no escuro, ligou seu iPod na parte de músicas do John Mayer em sua playlist; ainda conseguia ouvir o temporal que caia lá fora; eram apenas três da tarde, mas tudo estava escuro, e a casa era iluminada por relâmpagos freqüentemente, fazendo Lua se esconder debaixo do cobertor, chorando baixinho, tentando se concentrar apenas na voz de John cantando ‘Why Georgia’...

Já estava na quinta música da lista quando sentiu alguma coisa tocar suas costas, fazendo-a sair rapidamente debaixo do cobertor, tirando os fones. Encontrou um Arthur encharcado, os cabelos caindo em seu rosto, os olhos vermelhos.
- Lu... – ele sussurrou com a voz falha – Eu... Me perdoa... Eu sou um idiota.
- Sim, você é um idiota, Aguiar – a garota disse trêmula, sentindo os olhos recomeçarem a lacrimejar – E por que eu deveria te perdoar?
- Porque... Eu sou um idiota, mas você já sabe disso e mesmo assim você me ama – Arthur ainda tinha a voz baixa, porém, falava mais rápido.
- Belo argumento – ela disse irônica, fechando os olhos pra controlar o choro que ameaçava voltar com toda a força.
- Eu não sei o que dizer... – o garoto suspirou tirando os cabelos úmidos da testa – Eu perco a cabeça quando se trata de você... Principalmente se o Hoult estiver envolvido. Eu tenho medo de te perder... De novo... Pra ele.
- Você não é só um idiota, você deve ser cego também – Lua engoliu o choro, sentando-se direito na cama – Na verdade, surdez deve entrar na lista. Você não merece saber, mas o Nick perguntou se nós poderíamos ser amigos, e eu disse que sim... E você tem idéia do motivo de eu ter dito isso pro cara que quase me violentou?
- Não...
- É claro que não, já que você não teve a capacidade de me perguntar, de esperar e conversar comigo... Eu consegui perdoar o Nick, porque eu sei tudo o que ele sentiu quando me viu com você... Eu já senti isso, te vendo com a Sallie, Liza ou qualquer outra garota pra quem você tenha dado um sorriso mais empolgado – mesmo Arthur estando de pé ao lado da cama, a garota falava alto, com raiva – Mas eu o perdoei principalmente porque eu nunca gostei dele de verdade, ele é só um amigo que cometeu um erro quando estava bêbado...

- Lu, eu não sabia... Eu sinto muito. Me perdoa. – ele se estendeu a mão para tocá-la, mas a menina levantou rapidamente da cama, indo em direção à porta, tentando se livrar dos fios do iPod.
- Como eu sempre perdôo, não é? A Lua bobinha apaixonada pelo maravilhoso Arthur Aguiar do McFly, que sempre perdoa as burradas que ele faz... As monstruosidades que ele diz... Que esquece de tudo de errado que ele faz, quando ele resolve que quer brincar com os sentimentos dela mais uma vez, porque acha que talvez ele goste um pouquinho dela – Lu não conseguiu evitar que uma lágrima caísse em sua bochecha quando foi para o corredor, sentindo Arthur vindo atrás dela – Eu vou te perdoar, não se preocupe... Mas não espere que eu te queira. Porque eu vou aprender a deixar de ser burra.

- Lua, pára um minuto. Me escuta – o garoto disse firme, puxando-a pelo braço e virando a menina de frente pra si. – Você ta certa sobre a maioria das coisas que disse. Mas está completamente errada sobre algumas. Tudo o que você falou sobre o Hoult, agora eu entendi. E você sabe por que sempre me perdoa? – tentou tocar seu rosto, mas a garota o afastou; se contentou em segurá-la pelos ombros, contra a parede do corredor – Você sabe? Porque você me ama. E sabe também que eu sempre amei você, por mais que nós dois tenhamos fugido disso. Mas se como você disse não me quiser mais, eu vou aceitar sua decisão. Se for o necessário pra não te fazer sofrer de novo.
- Sofrer mais do que eu to agora? – Lua respirou fundo, tentando não chorar pra valer.

- Eu não quero te fazer sofrer, nem te magoar – Arthur disse baixo, aproximando seu corpo do da garota; colocou uma mão na cintura e a outra tocou a bochecha dela – O que eu mais quero é te fazer feliz. Eu não vou mais fugir do que sinto... E dessa vez sem gritar: Eu amo você, Lua Blanco. É você quem eu quero. Só você – ele finalizou com um murmúrio, olhando nos olhos da sua garota.
- Eu também te amo, Arthur Aguiar, seu idiota – ela fungou antes de dizer bem baixinho o que Arthur tanto queria ouvir; ele riu fraco ao ouvi-la – Não é porque não estamos gritando, que você deixa de ser um idiota.
- Eu sei que sou... Mas vou me esforçar pra não ser daqui pra frente – o garoto encostou seu corpo no de Lua, sentindo-a tremer, afinal, ele ainda estava todo molhado e gelado! – Minha garota não merece chamar um idiota de namorado, certo?
- Cer-certo – ela gaguejou ao ouvir a palavra namorado.
Arthur deu um sorriso largo, por vê-la aceitar o pedido que estava subentendido nas entrelinhas; então beijou delicadamente as bochechas de Lua, apagando as trilhas que as lágrimas haviam deixado no rosto da menina; passou o nariz com carinho pelo dela, encostando as testas, os narizes ainda se tocando. Esperou que Lu abrisse os olhos, e sorriu... Ela sorriu em retorno, sentindo um calor gostoso vindo de dentro de si.

[N/A: Dêem play no vídeo]

Dessa vez foi Lua quem puxou o namorado pela nuca, fazendo os lábios se encontrarem... Arthur sorriu contra a boca dela, enquanto tentava desvencilhá-la dos fones do iPod que estavam enrolados pelo corpo da garota. O começo de outra música do John Mayer era ouvida saindo do aparelho...

We got the afternoon
temos a tarde toda 
You got this room for two
você tem esse quarto pra dois 
One thing I've left to do
só tenho uma coisa a fazer 
Discover me
me descobrir
Discovering you
descobrindo você

Entraram no quarto de casal, sem partir o beijo, e a tentativa de libertação dos fones. Arthur encostou Lua na parede ao lado da cama, beijando-lhe o pescoço, arrancando-lhe suspiros... A camiseta extremamente molhada do garoto começou a incomodar, então Lua o fez levantar os braços para tirá-la rapidamente.

One mile to every inch of
uma milha para cada polegada 
Your skin like porcelain
da sua pele, que parece porcelana 
One pair of candy lips and
seus lábios doces como uma bala 
Your bubblegum tongue
e sua língua de chiclete

Arthur voltou a beijá-la nos lábios, pressionando seu corpo contra o dela cada vez mais; chegando a fazê-la gemer baixinho, por estar espremida entre o corpo frio e molhado dele e a parede. Pela parte superior de seu corpo ainda estar enrolada no iPod, Lua sorriu quando Arthur abaixou um pouco sua calça de moletom; sentindo a permissão da garota, ele fez com que a calça escorregasse por suas pernas e caísse no chão.

And if you want love
e se você quiser amor 
We'll make it
nós faremos
Swim in a deep sea
nadar num mar profundo 
Of blankets
de cobertores 
Take all your big plans
Pegue todos os seus grandes planos 
And break 'em
E desfaça-os
This is bound to be awhile
Isso vai demorar um tempo

O garoto se concentrou no pescoço de Lu, dando leves beijos, que aos poucos se transformaram em mordidas e chupões, marcando a pele de porcelana da menina. Essa por sua vez, desceu as mãos até o fecho da bermuda de Arthur, abrindo o botão, parando para olhar o garoto nos olhos ao cantarolar junto com a melodia que saía do bendito iPod: and if you want love... we’ll make it.


Your body is a wonderland
Seu corpo é um paraíso
Your body is a wonder (I'll use my hands)
Seu corpo é um paraíso (eu usarei minhas mãos)
Your body is a wonderland
Seu corpo é um paraíso

Arthur, num momento de agitação, puxou com força o aparelho que estava em volta do tronco de Lua, acabando por desconectá-lo dos fones, e assim ativando os alto-falantes.
Jogou o iPod encima dos travesseiros, sorrindo ao finalmente livrar sua garota dos fios.
Ela empurrou a bermuda do garoto pra baixo, deixando o rapidamente apenas com sua boxer úmida. Arthur a guiou até a cama, ficando sobre ela. A música ainda tocava perto de seus ouvidos... A tempestade havia sido esquecida naquele momento.

Something 'bout the way the hair falls in your face
Tem algo no jeito que o cabelo que cai sobre o seu rosto
I love the shape you take when crawling towards the pillowcase
adoro vê-la engatinhar em direção ao travesseiro
You tell me where to go and
diga-me aonde devo ir e, 
Though I might leave to find it
mesmo que eu saia para ir lá 
I'll never let your head hit the bed
nunca vou deixar sua cabeça encostar na cama
Without my hand behind it
sem minha mão para apará-la

Ele passou a mão pela coxa de Lua, vendo-a se arrepiar, sorriu com isso. Era visível a falta do sutiã da garota, por isso, quando Arthur já tinha levantado a blusa dela até a barriga, olhou-a nos olhos, em expectativa... Ela somente sorriu de lado, as bochechas coradas e os olhos brilhantes se destacando quando um relâmpago iluminou o quarto. Arthur terminou de tirar a blusa da menina, parando para admirá-la.

You want love?
Você quer amor?
We'll make it
nós faremos
Swim in a deep sea
nadar num mar profundo 
Of blankets
de cobertores 
Take all your big plans
Pegue todos os seus grandes planos 
And break 'em
E desfaça-os
This is bound to be awhile
Isso vai demorar um tempo

Poucos minutos depois, as duas únicas peças que ainda restavam foram para o chão. O contato do corpo quente de Lua e a pele gelada de Arthur causavam arrepios em ambos.
Lu envolveu a cintura do garoto com as pernas, sentindo o quão desejada era.
Arthur mordeu o lóbulo dela, e sussurrou – Confia em mim?
- Sempre... E pra sempre – Lu murmurou, logo sentindo Arthur mais próximo de si do que ele jamais esteve.

Your body is a wonderland
Seu corpo é um paraíso
Your body is a wonder (I'll use my hands)
Seu corpo é um paraíso (eu usarei minhas mãos)
Your body is a wonderland
Seu corpo é um paraíso

Apesar do desejo que tomava o casal, Arthur sentia medo de machucar Lua, por isso, fazia movimentos lentos, deixando-a se acostumar com as novas sensações. Momentos depois, os gemidos da menina deixaram de ser de dor, dando ao garoto a oportunidade de aumentar a força e velocidade de seus movimentos.

Damn baby
caramba, baby 
You frustrate me
você me frustra 
I know you're mine all mine all mine
sei que você é toda minha, toda minha 
But you look so good it hurts sometimes
mas você é tão bonita que chega a doer às vezes

Palavras desconexas eram sussurradas entre os suspiros e gemidos que preenchiam o quarto.
A chuva ainda caía violentamente do lado de fora.
John Mayer ainda podia ser ouvido...
Após vários minutos, Arthur deitou a cabeça sobre o colo da garota, tão ofegante quanto ela; que o abraçava mexendo em seus cabelos que agora estavam úmidos de suor.
- Se eu disser que te amo e que essa foi a melhor noite da minha vida, vai ser muito clichê? – ele sussurrou com a voz falhando, o rosto contra o pescoço da namorada.
- Vai... – ela disse baixinho, dando um beijo na testa do garoto.
- Então eu não vou dizer que eu amo você, e essa é sem dúvida a melhor noite que já tive na vida.
- Nesse caso, eu também não vou dizer que concordo com você – ela sussurrou quando Arthur levantou a cabeça para olhar em seus olhos, sorrindo.

Your body is a wonderland
Seu corpo é um paraíso
Your body is a wonder (I'll use my hands)
Seu corpo é um paraíso (eu usarei minhas mãos)
Your body is a wonderland
Seu corpo é um paraíso
Your body is a wonderland
Seu corpo é um paraíso

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