Capítulo Dez: “Sorrisos, lembranças, atitudes e ‘Magic’”
- Não, Chay! Eu não vou cantar! – Lua dizia rindo.
- Mas Lu, todo mundo já cantou só falta você – Sophia falava como se Lua fosse uma criança rebelde. – Já que o Arthur ainda tá dormindo, então ele não conta.
- Eu não sei cantar! – Lua ainda ria. – Ah cara, além de terem me acordado cedo, ainda querem me fazer cantar?
- Cedo, dona Lua? Onze da manhã é cedo? – Maker dava risada das caretas de Lua.
- Pra mim é!
- Ah pra mim também – Micael se manifesta, então boceja, e deita no sofá da sala de tv do hotel.
- Ah você não vale Micael Borges! Tá com sono porque encheu a cara ontem – Maira zoa. – Mas a Lu? Não sei por que tá com sono, nós nem voltamos tarde da boate.
- Eu tomei café antes de deitar, daí vocês sabem o que acontece né? – Lua mente sem vergonha alguma. – Bye bye, soninho!
- Pára de enrolar! – Chay diz entregando o ‘microfone’, que nada mais era que uma escova de cabelo de Sophia. – Vai cantar sim!
- Ah gente – faz bico –, por favor! Não façam isso!
- Anda logo Lua – Maker diz rindo da carinha de piedade dela. – Qual música você vai cantar?
- Já que não tenho escolha... – Lua faz cara de derrotada. – Algum de vocês sabe tocar “Magic” da Colbie Caillat?
- Começa a cantar que a gente dá um jeito – diz Micael.
- Ok – Lua suspira, pega a escova e começa...
(n/a: já leram pelo menos uma song-fic na vida né? Pois então, estou inventando (eu acho, nunca vi isso em outra fic) um song-cap... espero que não odeiem).
You've got magic inside your finger tips
(Você tem mágica na ponta dos dedos)
It’s leaking out all over my skin
(Isso está transpirando por toda a minha pele)
Everytime that I get close to you
(Toda vez que eu me aproximo de você)
Your makin me weak with the way you
(Você me torna frágil com a maneira em que)
Look through those eyes
(Olha dentro desses olhos)
- Aguiar colabora! A gente vai cair desse jeito – Lua ria tentando fazer com que Arthur subisse as escadas do hotel. – Seu bêbado! E eu achando que você não estava tão ruim, e só de imaginar que temos que subir cinco andares pela escada.
- Não é minha culpa se o elevador quebrou justo hoje – ele diz de um jeito fofamente bêbado.
- Mas se você não tivesse bebido, te garanto que ia ser mais fácil subir – ela diz ofegante, subir escadas praticamente carregando um homem e ainda por cima rindo? Cansa!
- É só não subirmos. Vamos ficar aqui na escada mesmo – Arthur diz e logo senta no degrau.
- Bebeu, é? Haha, claro que bebeu – Lua ria de si mesma. – Levanta daí! Vem, vamos subir – e estende a mão pra ele levantar.
- Não, senta aqui – Arthur puxa a mão que ela havia estendido, e acidentalmente faz com que a garota caia quase totalmente em seu colo. – Ops!
- Ops né? Me deixa levantar e vem, Aguiar – ela ainda ria e tentava levantar, mas Arthur a abraçou, impedindo que levantasse. Ele acariciou-lhe o braço com as pontas dos dedos, causando em Lua vários arrepios.
- Por que você sempre foge? – ele faz cara de confuso, super fofo. Já estava com cara de bêbado, junto com a de confuso, foi uma combinação fofa. – Toda vez que eu me aproximo, você se afasta – agora ele tinha ajeitado Lua em seu colo, fazendo com que ela ficasse sentada de lado, ele a abraçava pela cintura apenas deixando suas peles se tocarem.
- Aguiar meu amorzinho – ela diz sorrindo –, se você não estivesse bêbado e se conseguisse lembrar de algo amanhã, eu com certeza te responderia, tá? – ela finaliza colocando as mãos nos ombros dele.
- Não faz isso! Eu to tentando ser o cara – ele fala olhando profundamente nos olhos da garota, fazendo Lua baixar a guarda ao ver o carinho estampado no olhar de Arthur.
- Que... que cara Aguiar? – ela gagueja, proximidade + o jeito que ele a abraçava + as carícias no braço + aqueles olhos perfeitos = gagueira na certa!
- O cara da porta verde – ele diz como se fosse óbvio.
- Você é uma comédia – ela ri e levanta, ouvi-lo falar do ‘cara da porta’ a fez voltar a realidade. – Vamos subir.
And all I see is your face
(Tudo o que eu vejo é o seu rosto)
All I need is your touch
(Tudo o que eu preciso é o seu toque)
Wake me up with your lips
(Acorde-me com os seus lábios)
Come at me from up above
(Chegue até mim de um nível superior)
Yeaaaa, oh I need you
(Eu preciso de você)
- Não consigo dormir – ela escuta Arthur resmungar.
- Você nem deitou direito. Tenta mais um pouco – ela diz rindo da voz dele.
- O banho GELADO que você me obrigou a tomar, tirou meu sono – ele fala e acende o abajur.
- Mas você não tá mais bêbado! Esse é o lado bom – ela sorri pra ele – A dor de cabeça passou?
- Passou – sorri pra ela –, valeu pelo remédio.
- Imagina – sorriso gigante pra ele (quem não sorri ao ver aquele sorriso dele?). – Agora tenta dormir, já são três da amanhã.
- Nossa a gente voltou cedo. E eu NÃO consigo dormir – Arthur faz careta, arrancando mais risos de Lua – Essa cama tá tão ruim. Tá vazia – sorriso malicioso.
- Pervertido – ela diz rindo alto –, pode tratar de dormir já! S-O-Z-I-N-H-O!
- Credo, você é má – Arthur faz bico e apaga o abajur.
- Desculpa te acordar.
- Que horas são?
- Quatro e meia.
- Da manhã?
- Não Blanco, da tarde... Sua boba, é claro que é da manhã.
- E pra que você me acorda a essa hora?
- Pra te perguntar uma coisa.
- O que?
- Quando você fecha os olhos pra dormir, o que você vê ou pensa?
- Sei lá.
- Me responde, pelo menos hoje, quando você me mandou dormir, e fechou os olhos... que imagem veio à sua cabeça?
- Seu rosto.
- Que ótimo, porque na minha cabeça veio o seu. E posso perguntar outra coisa?
- Pode.
- Posso dormir com você? Sei lá, to meio carente, acho que a bebida fez isso.
- Aguiar...
- Por favor.
- Ok.
- Brigado – ele só deita ao lado dela sentindo seus braços se tocarem por baixo do cobertor. Quando Arthur está pegando no sono, sente Lua se aproximar e o abraçar, ela já está dormindo. Não resiste, ao vê-la tão próxima, linda, fazendo um biquinho fofo e alguns fios de cabelos caídos no rosto, então ele encosta seus lábios nos dela.
- Aguiar?
- Desculpa, te acordei de novo.
- De um jeito diferente.
- Se minha porta fosse verde, você deixaria que eu te acordasse assim todos os dias?
- Não. A porta não influencia em nada.
- Ah...
- Mas hoje eu preciso de você. Por hoje a gente finge que a porta do seu quarto é verde, pode ser?
- Precisa de mim? Não sou gigolô – ele diz rindo. – Sua maníaca.
- Seu besta. Dorme, Aguiar – ela ri e volta a encostar a cabeça no peito de Arthur.
- E se você me atacar enquanto eu durmo?
- Amorzinho, dorme, por favor?
I remember the way that you move
(Eu lembro do jeito que você se mexia)
your dancin easily through my dreams
(Você está dançando facilmente nos meu sonhos)
its hittin me harder and harder with all your smiles
(Esta me atingindo mais forte e mais forte com todos os seus sorrisos)
you are crazy gentle in the way you kiss
(Você é loucamente dócil no jeito de beijar)
- Hey! Pode dormir mais, você demorou a pegar no sono né?
- Aham, mas aonde você vai?
- A Maira veio me chamar pra tomar café da manhã.
- Ah ta, mas você ta com uma cara de sono.
- Você se mexe muito na cama.
- Jura?
- Seu tarado. Você entendeu o que eu disse.
- Com que você sonhou?
- Quê?
- Você sonhou com alguma coisa boa, você sorriu dormindo.
- Sério? Não costumo lembrar dos meus sonhos – mentira! Ela se lembrava muito bem, tinha sonhado com ele. Que novidade...
- Você não sabe mentir – ele diz sorrindo.
- Ah vai catar coquinho – Lua mostra a língua pra ele.
- Vai tomar seu café, mais tarde eu desço, ta?
- Tudo bem, bons sonhos – ela sorri e dá um beijinho na testa de Arthur.
- Vou sonhar com você – sorrindo de um jeito tão sincero que Lua fica até sem graça.
- Nossa! Então será pesadelo.
- Engraçadinha – ele se ergue em um cotovelo e beija carinhosamente a bochecha da garota.
- Tchau.
- Tchau.
- Hey!
- Que é, Arthur? – ela vira pra ele rindo antes de sair pela porta. E recebe o melhor sorriso que já teve dele. Lua não percebeu que o havia chamado pelo primeiro nome, ele ficou radiante por isso.
- Obrigado.
- Pelo que?
- Por tudo – um último sorriso, e então volta a deitar.
- Ah, tudo bem.
Oh baby I need you
(Oh baby, eu preciso de você)
to see me, the way I see you
(Para me olhar, do jeito que eu te olho)
lovely, wide awake in
(Adorável, extraordinariamente acordado no)
e middle of my dreams
(Meio dos meus sonhos)
Um grupo de amigos impressionados. Não que ela tivesse uma voz perfeita, mas sim pela emoção que ela transmitia ao cantar aquela música.
Sophia e Maira se balançavam no ritmo que Lua cantava.
Os três garotos tocavam, sorriam para as namoradas, mostrando que estavam tão maravilhados quanto elas.
Já Mel, olhava pra amiga com outros olhos. Olhos de quem entendia o que a música poderia significar para Lua.
And all I see is your face
(Tudo o que eu vejo é o seu rosto)
All I need is your touch
(Tudo o que eu preciso é o seu toque)
Wake me up with your lips
(Acorde-me com os seus lábios)
Come at me from up above
(Chegue até mim de um nível superior)
Yeaaaa, oh I need you
(Eu preciso de você)
Lua não conseguia parar de pensar em Arthur enquanto cantava. Por quê? Ela não estava apaixonada... Então por que ele não saía de seus pensamentos?
Ela cantava de olhos fechados, sentindo cada nota da música. Sem saber que na entrada da sala estava alguém que se sentia quase igual, a única diferença é que esse alguém sentia e se encantava pela voz dela. Por ela.
- Garota, você canta bem – Maira abraçava Lua.
- Nosso bebê tem uma voz legal – Sophia apertava suas bochechas.
- Ah que amor! Ela ta ficando vermelhinha de vergonha – Mel zoava.
- Não é de vergonha não! – Lua ‘escapa’ das amigas. – É de tanto a Sophia apertar minhas bochechas mesmo.
- E a pessoa baba – diz Chay abraçando Mel.
- Quem tá babando, amor? – Mel pergunta seguida pelas caras de confusas das garotas.
- Quem será né? – Micael fala rindo.
- Do que vocês tão falando? – Sophia fica mais curiosa ainda.
- Daquela pessoa ali – Maker aponta para a porta. – Ué? Cadê ele?
- Ele quem, caramba? – Lua já se roía de curiosidade.
- Ninguém, Lu, ninguém... – Chay diz dando um sorriso cúmplice aos outros rapazes.
- Até que você não canta mal.
- Se isso é foi um elogio: obrigada.
- Por nada.
- E então... Você tá se sentindo bem? Dor de cabeça?
- Eu to bem. Mas não lembro de nada! A última coisa que vem a mente é você me batendo por ter estragado seu lance com o mané na boate.
- Ah, não aconteceu nada demais depois disso, você só bebeu demais... Já tomou café? Apesar de que já tá na hora do almoço...
- Virou minha mãe, é?
- Que?
- Eu perguntei de você virou minha mãe? Ta surda, é Blanco?
- Como eu fui ingênua! Achando que você ainda seria o Arthur Aguiar de ontem à noite.
- Que Arthur Aguiar de ontem à noite?
- Nada. Dane-se você, o Aguiar bêbado de ontem, sua falta de educação e sua ironia.
- Vamos, garotas! Eu tenho aula amanhã! – Lua apressava as amigas: estavam indo embora, e as meninas estavam se ‘despedindo’ dos namorados. – Cara! Vocês enrolam demais! Vaaaaamos!
- Ô sua mal amada, pra não dizer outra coisa, dá pra esperar? – Mel disse rindo, logo voltando a beijar Chay.
- Ah quem merece? – Lua disse cansada e sentou no chão ao lado do carro. – Vocês estão se ‘despedindo’ há uma hora!
- Lu, meu amor, quando você tiver um namorado você vai entender – Micael disse pacientemente.
- Tá me chamando de encalhada, é?
- Eu? Jamais – ele diz em um tom divertido fazendo todos rirem.
- NOSSA! – Maira grita assustando todos. – Lua do céu!
- Virei santa e nem sabia? – ela diz fazendo graça.
- Pára de palhaçada! É sério – Maira diz.
- Que foi?
- Sabe quando estávamos fazendo as malas... – Maira faz cara de culpada - e você pediu pra que eu colocasse o João Alfredo na minha bolsa porque a sua já estava aqui no carro?
- Quem é João Alfredo? – Maker faz a pergunta que não quer calar.
- O jacaré de pelúcia da Lu – Mel diz simplesmente.
- A Lua dorme com bichinho de pelúcia? – Chay zoa. – E que nome mais “criativo”.
- Não, seu mané! É só um o jacaré que ela leva em viagens, só isso – Sophia defende a amiga. – E não zoa o nome! Ele tem cara de João Alfredo.
- Continua, Maira – Lua disse de olhos fechados, esperando o pior.
- Eai que eu esqueci o João Alfredo lá no quarto – 100% cara de culpada pra Maira.
- Se você me disser que foi no seu quarto: eu te mato. Se você disser que foi no meu: eu só te espanco.
- No seu quarto.
- Sorte sua – Lua diz séria –, como VOCÊ esqueceu, então você vai buscar.
- Ah Lu, eu to me despedindo do meu amor, o elevador ainda ta quebrado, então... busca lá?
- Se eu for buscar, além de te espancar você ainda terá de ser minha empregada pro duas semanas, fechado?
- O que eu não faço por você – Maira disse pra Maker, e depois para Lua – Fechado.
- Respira garota! Vai morrer desse jeito – Arthur diz pra uma Lua totalmente ofegante e meio descabelada. – O que aconteceu? Vocês não estavam indo embora?
- Não que você mereça uma resposta, já que você não é minha mãe, mas eu te respondo porque eu sou educada: eu tô assim porque subi correndo e sim, nós estamos indo embora, só vim buscar uma coisa enquanto os casais se agarram no estacionamento.
- Ah, acho que sei o que você veio buscar.
- Sabe? Cadê o João Alfredo?
- Dei pra camareira.
- O QUÊ?
- Isso que você ouviu, a camareira gostou do bichinho, disse que tinha uma filha de três anos e daí eu dei o jacaré pra ela.
- Como era essa camareira? Eu vou atrás dela!
- Blanco! Já era! Deixa de ser egoísta, foi pra uma criança!
- Mas era meu!
- Como você é infantil, garota!
- Pelo menos eu sei me controlar quando bebo.
- O que você quer dizer com isso?
- Você sabe MUITO bem o que eu quero dizer: que você é um ridículo, que enche a cara, fala e faz coisas que não deve. E no dia seguinte não lembra de nada.
- E do que eu deveria lembrar? – ele se aproxima da garota. – Eu fiz algo realmente importante ontem? – ao vê-la encostada na porta, ele não perdeu a chance e logo a prendeu entre seus braços. – Eu te beijei? Disse que te amava? Te pedi em casamento?
- E você acha que isso seria importante pra mim? Ainda mais vindo de você? – Lua fica firme, não seria ingênua de cair na lábia dele novamente. – Você definitivamente não sabe quem eu sou.
- E quem é você? – Arthur pergunta enquanto abaixa a cabeça, ficando com a testa encostada na de Lua.
- Eu sou... – ela meio que desiste de falar quando sente Arthur colocar uma mão e sua cintura e a outra em seu pescoço. – Eu sou... a...
- Você é? – o som da voz dele sai meio abafado devido ao fato de que a boca dele estava indo da orelha para o pescoço de Lua.
- Eu sou a garota que não sai dos seus pensamentos – ela diz calmamente fazendo Arthur parar de beijar seu pescoço e olhá-la nos olhos –, eu sou a garota que você quer estar o tempo todo – um sorriso triunfante surge nos lábios da garota ao ver a cara que ele fazia. – Eu sou a garota que você pensa quando fica com qualquer uma por aí – nesse ponto ela já sorria e tinha colocado as duas mãos no rosto de Arthur, fazendo com que ele não desviasse o olhar –, eu sou a garota que você mais deseja porque sabe que não pode ter – misteriosamente ele ainda prestava atenção e tinha suas duas mãos posicionadas na cintura de Lua, pressionando seu corpo contra o da garota –, eu sou a garota que cuida de você quando tá bêbado porque mesmo você sendo um idiota ela tem dó – ela dá um beijinho no canto da boca dele. – Eu sou a garota que consegue te deixar arrepiado facilmente – ela dá uma pequena mordida na orelha dele –, eu sou garota que precisa ter por perto quando ta triste, nem que seja pra brigar comigo – ela dá beijinhos de esquimó nele (n/a: ah vocês sabem né? Ficar fazendo carinho com seu próprio nariz no nariz de outra pessoa O.o). – Eu sou a garota que você adora chamar de pirralha, criança, nanica, mas sou a ÚNICA que você põe apelidos ‘carinhosos’ – ela dá um míni selinho na boca dele. – Eu sou a garota que faz com que quando você ta bêbado peça pra dormir com ela – ele dá um sorrisinho incrédulo e ela balança a cabeça em sinal de afirmação –, eu sou a garota que você quer que pare de falar pra você poder beijá-la – ele abre um sorriso sincero e então diminui a pouquíssima distância que ainda existia entre eles.
De inicio somente encostaram os lábios, sentindo a presença um do outro. Então Arthur a pressionou mais contra a porta, fazendo a garota gemer baixinho, a oportunidade perfeita pra ele aprofundar o beijo. Após pedir ‘permissão’, sua língua encontrou a harmonia perfeita com a de Lua, a única coisa que ele pôde pensar nesse momento foi: “você é a garota que tem a boca que se ‘molda’ perfeitamente à minha”.
Os pensamentos de Lua não eram muito diferentes, quando Arthur colocou a mão dentro de seu casaco, ela sentiu um arrepio percorrer sua espinha: “eu sou a garota que se pudesse passava o resto da vida do jeito que está agora, com você”.
- Aguiar – ela tenta se afastar, dando vários selinhos até findar o beijo – eu preciso ir, as garotas vão me matar.
- Ah, ok – ela pôde ver a decepção nos olhos claros dele. – Ern, eu vou dar um jeito de comprar outro jacaré pra você...
- Ah ta – ela sorriu pelo jeito desconcertado dele –, tenho que descer.
- Ta bem – Arthur ficou confuso: e agora? Beija a bochecha ou a boca dela? – Acho que voltamos pra casa daqui a três semanas – ele queria adiar a decisão entre bochecha ou boca.
- Natal, né? – ela diz meio sem graça, pois tinha a mesma dúvida que ele. – Então tch...
- Você esqueceu de uma coisa!
- O que?
- Na sua ‘belíssima’ descrição de si mesma.
- O que eu esqueci?
- De falar que você é a garota que se derretia por um abraço meu.
- Idiota – ela não acredita como ele consegue estragar tudo tão rápido, então ela vira pra ir embora, mas antes: – ah eu esqueci de outra coisa!
- O quê? Que tudo na sua lista se baseia em mim? – convencido mode on.
- Não. Esqueci de falar que eu sou a garota da porta vermelha, aquela que nunca vai aceitar um cara que propõe mudar de azul pra verde – ela diz decidida, abre a porta e desce as escadas correndo, deixando no quarto um Arthur totalmente confuso sobre o que ela disse. “Do que essa doida tá falando? Ah, eu nunca mais vou beber!”.
[Continua..]
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