“Coloque a lealdade e a confiança
acima de qualquer coisa; não te alies aos moralmente inferiores; não receies
corrigir teus erros. (Confúcio)”.
“Percebo que ele não
me tirara daqui, Bom não tinha uma distancia muito grande da janela do quarto
ate o chão, eu provavelmente quebraria um braço então... Claro que estou sendo
irônica! Esta casa tem o que quatro andares? Teria que arriscar, este era o
único jeito de não ser demitida no meu primeiro dia, e eu ainda tenho muito o
que ensinar pra este menino”
Doce Lua apesar da
travessura acreditava na mudança de postura e de estado do garoto. Pois ate
mesmo se arriscaria. Alguma coisa dentro dela dizia que aquele garoto nunca a
ouviria, de jeito algum.
Lua ouviu uma correria
naquele corredor, o que poderia ser? Um único Robert não teria vários pés.
Talvez usasse seu truque favorito ao invés de pular a janela. Grampo de cabelo,
seu melhor amigo desde... Os tempos de castigo.
Em fim conseguiu sair
do quarto.
-Que correria é essa
aqui?- Perguntou se esquivando dos brinquedos jogados e das almofadas.
-Pensei que você nunca
ia sair. Atacar galera- “Puts” pensou Lua estou ferrada. Lua não sabia se
corria ou se ria. Não dava pra fazer os dois juntos não em sua situação. Chegou
ate o jardim e eles haviam parado de segui-la. Colocou as mãos no joelho e se
inclinou para frente respirando rápido.
-Não diz que você é
uma daquelas crianças terríveis- ela viu uma menina com os olhos claros cabelos
loiros e com uma inocência no olhar.
-Não. Eu disse pro
Robert não fazer isso mas sabe como os homens são néh- ela disse com as mãos na
cintura.
Lua Riu - aé e como
eles são?
- Não sei minha mãe
não terminou de me contar- riram.
-Ok! Se você me ajudar
a acabar com esta bagunça eu agradeceria. – Sorriu.
...
-A Alice é uma
traidora mesmo. - ele disse emburrado sentado no sofá.
- Não ela é um amor,
coisa que esta faltando acontecer com você- Ele bufou cruzando os braços. -
Olha- ela tocou em seu ombro- eu sei que lá no fundo você ta bem longe de ser
esse garoto amargurado...
- Eu não sou
amargurado. - “o que é isso?” se perguntava o garoto- Você não é nada minha,
não sabe de nada da minha vida.
- Sei o bastante! Que
coisa em. - Ela suspirou- Vou arrumar essa bagunça. - ele levantou- aonde vai?
- Rua?
- Não, se você não vai
ajudar, vai ficar bem quietinho lá no seu quarto fazendo o dever de casa. - Ela
ergueu o braço e apontou para a escada- vamos.
- DROGA. Odeio essa
casa.
- Que bom. - Lua
disse.
Haveria de mudar com
toda sua certeza. Não descansaria enquanto não desse um jeito naquele garoto.
Algo muito mais do que
uma “babá” Ela não estava ali simplesmente pra ser uma babá, queria que aquele
garoto realmente achasse que poderia tê-la como amiga, ou talvez a mãe que
nunca teve.
““... “Que isso Lua,
Sua paixão por crianças não pode falar tão alto assim” - Ela ajeitava as
almofadas do sofá. “Lembre-se de que ninguém pode ocupar o posto da mãe dele...
Aff quanto mais eu me aproximo dessas famílias mais falta eu vou sentir depois,
o que adianta acreditar que esse menino vai mudar fazer o milagre do pai dele
ser compreensivo e afetuoso com o garoto, se depois você vai embora?”.
Tão longe disso se Lua
fosse uma simples babá, mal sabe o que o destino aguarda, mal sabe o que é
destinado por ele.
- Boa Noite Sr.
Arthur- Cumprimentou o mesmo e logo viu a “esposa”- Sra. Monica.
A mulher a olhou de
cima a baixo e disse- Nem tanto- adentrou- Bom preciso que prepare o jantar.
- Desculpe, mas aqui
eu não sou uma cozinheira sou apenas a babá. Com licença. - Lua virou-se e
chamaram sua atenção.
- Como? Eu não lhe
pago pra fazer o que você quer, mas sim o que eu quero. - ela se aproximou de
Lua com as mãos na cintura. - E olhe be...
- Monica?- Arthur saiu
do escritório – O que se passa aqui?
- Nada. - Falou rapidamente-
Apenas pedi a Lua que fosse ver nosso filhote. - ela sorriu sínica.
- Hm, mesmo?- ele
parecia saber que tinha algo errado ali- Digo tudo bem então- logo voltara
àquela pose de mandão.
- Com Licença mais uma
vez. - Lua subiu as escadas calmamente e quando chegou no corredor de cima
respirou aliviada.- Ai meu Deus- levou a mão ao peito. Será que aquele
garotinho tinha razão? Lua bateu na porta.
- VAI EMBORA SUA
LOUCA- Robert gritou.
- Obrigado pelo
elogio- Lua disse. - Abre, por favor. - o menino nada falou, apenas continuou
sentado na cadeira do computador se embalando- Eu preciso falar com você, acho
que está certo. - Ele ergueu as sobrancelhas.
- Ta entra- ele abriu
a porta- quer sentar?- ele perguntou.
- Você sendo gentil? O
que aconteceu?- ela sorriu.
- Ér... Er... Fala ai
vai.
- Sua tia gosta de
você?- o garoto olhou a parede.
- Claro que gosta ela
é minha tia.- ele disse coçando os olhos.
- Digo, ela nunca fala
nada feio pra você?
- Por que você ta me
perguntando isso? E Por que eu responderia?
- Porque eu...posso
ser sua amiga, é legal ter alguém pra conversar.
Ele sorriu- Minha mãe me falava que adorava a Alice e que
era pra mim cuidar dela. Então nem tente fazer mal pra ela viu- ele disse.
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