É pra já. - ele me puxou pra
mais perto dele e me deu um beijo. Mas eu senti algo diferente. Algo que não
tinha outros beijos.
Senti verdade. Verdade do amor
dele por mim, e por mais que não fosse um amor de longo prazo, duraria muito.
Chegamos em casa animados,
minha mãe e meu pai estavam na sala conversando animadamente também . Tentamos
passar despercebidos, mas com a minha mãe... Seria bem difícil.
Oi meus bebês- ela não perdia
o habito de chamar todos assim. Sempre muito carinhosa e elegante, acho que
herdei isso dela, ela é meu espelho com toda certeza.
Oi- dissemos juntos. - como
passaram este dia maravilhoso- e Arthur como sempre fazia idiotices com tudo,
mas sabe que também era ótimo ter um humorista perto de uma mau humorada.
Muito bem. E vejo que vocês
também, não é- ela olhou para as nossas sacolas.-
Pois é. Vem mãe vou te mostrar
o que eu comprei- disse empolgada. Ate esqueci do meu pai ali.
Arthur narrando.
Nem tudo precisa ser tão
claro. Nem o dia é, tem seu tempo nublado e chuvoso, Mas quando faz sol todo
mundo gosta e aproveita um monte.
Não digo que não tem que ter
sinceridade. Sim, tem que ter, aonde chegaríamos sem a confiança das pessoas?
Respondo: a lugar algum.
Ela esta bem?- ele como sempre
lendo seus jornais.
Por que o Senhor Não pergunta?
Digo, ela ficaria feliz em saber que o Senhor Esta preocupado não é.
Arthur. Nunca deixei de me
preocupar com ela. SÓ, não gostei do que fizeram e nem confiaram em mim, nunca
escolheria um namorado para Lua. Talvez falei aquilo da boca pra fora mas...se
não tivesse falado, como ela encontraria você?- ele me deixou pensativo- Bom eu
vou me arrumar. Ate mais tarde.
Se Lua não tivesse aparecido
naquela praça desesperada por um namorado de mentira nunca teria a beijado,
nunca teria visto aqueles olhos lindos, nunca me apaixonaria por ela e também
nunca reveria minha mãe.
A verdade é que ate o Micael
que me mete em cada confusão, participou desta historia.
Ouvi Lua me gritar lá do
quarto e corri ate lá.- Que foi? Incêndio ou algo do tipo?- perguntei
assustado.
Não, é uma coisa nojenta- ela
dizia em cima da cama pulando e com as mãos no rosto.
Que foi Lua é barata? Ah não acredito pensei que
você tinha medo de outras coisas. - Ri.
Não é isso. Aquele bicho feio não sai do meu
banheiro Arthur, TIRA ELE DE LÁ. - ela gritou. Uma cena de chorar de rir.
Só quero ver que bicho monstruoso é esse. – fui
ate o banheiro e... não achava bicho nenhum a não ser uma...haha uma lagartixa.
Ah é isso meu amor?- ri- ta louco você em Lua – ri
mais- Pronto vai logo tomar seu banho.
Não tem graça nenhuma, Rum. - ela passou por mim e
eu sussurrei em seu ouvido.
Quer ajuda?- ri.
Não você já me ajudou muito por hoje- rimos
juntos. - Só você mesmo Aguiar.- ela entrou dentro do banheiro e deixou a porta
meio aberta.
Tava falando com seu pai.- Me encostei na parede.
A é? E o que vocês conversaram?- ouvi o barulho do
chuveiro, provavelmente recém ligara...e por mais que me tentasse entrar ali.-
Arthur?
Ãn? A claro...Sobre você ué. Sobre o que mais
seria?
De mim? Pensei que ele estava do tipo muito
zangado.- ela disse surpresa.
Ele só ta magoado, mas o que ele falou faz todo
sentido.- Disse.
E o que faz sentido? Diga pra mim:
Se ele não tivesse dito aquilo, você nunca me
conheceria e talvez nunca tivéssemos esta conversa tão agradável- Disse
irônico.
Também. A mais um coisa: Pode saindo que enquanto
eu não estiver pronta você não entra.- decretou.
Ok, tentação eu saio.
Minutos e horas se passaram e nada da Lua sair
daquele maldito banheiro já estava ficando irritado. Tantos banheiros nesta
casa e todos precisam ser ocupados justo hoje? PARECE QUE Sim.
Você demorou todo este tempo pra isso – disse
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