"Eu Sou Pai?"

- Por que você não é normal como ela? Aff- disse se sentando no balcão.

- Aah eu sou anormal?- ri ironicamente.- Só não estou acostumado a fazer coisas desse tipo.- sentei perto dela.- desculpa.

Sorriu- Por que?

- Porque eu quero que você passe a morar aqui e não sei nem como cuidar de um simples curativo... – Disse.

- Você aprende- sorriu.

- Pronto Aqui está Rafah- disse Lua entrando na Cozinha.- Quer ajuda?

- Não, não, eu me viro por aqui, valeu Luazita.- deu um beijo na bochecha dela.

- Bem sua irmã mesmo- sorri torto- que foi?

- Só não to acostumado.- sorri fraco tentando não parecer muito visível.

- Hum, pra ser pai ou irmão?- perguntou confusa.

- Obviamente os dois.

- Vai dar tudo certo,  você é... uma ótima pessoa tudo vai ficar bem. Pode contar comigo.

- Obrigado... mas a Rafah tem que aprender a contar comigo e as vezes eu acho que é eu que conto com ela, como se ela fosse a mais velha , como se ela tivesse vivido algo maior do que eu.

- Arthur, ela viveu uma infância  maluca, é claro que ela ia aprender a se virar sozinha, com o que tinha... Ela tem 14 anos, quase 15... ela vai amadurecer muito daqui pra frente e você vai estar ali pra ver os tombos dela, aconselhar, ajudar e apoia-la em qualquer decisão. Entenda, ela não vai se adaptar tão rápido a você e nem você a ela.

- É... Talvez tenha razão- disse por vencido. - só não quero ela lá com ele, de novo. Posso?- Fiz gestão para abraça-la e ela não negou, apenas abriu os braços.

Seu cheiro, o conforto, aah o carinho... Tudo era bom. Sai do abraço e olhei seus olhos. Eles estavam brilhando quando eu a beijei depois da briga na balada, estava linda. Passei a mão levemente no seu rosto e ela envolveu seus braços no meu pescoço,  aproximei nossos rostos e...

-... Ai Lua será que... Ops, foi mal.- Disse Chay.- Guy foi mal não quis interromper.

- Não... não que isso Chay, de boa... eu... eu vou pra casa, descansar um pouco, tenho que ir no hospital amanhã . Tchau Arthur- deu beijo demorado na minha bochecha- ate Chay.