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Heeey Girls/Boys... sou apenas uma Adolescente que está se descobrindo,ah viva cada minuto da tua adolescência com responsabilidade!Chorar, cair, levantar, sorrir, fazer loukuras, faz parte da vida :D

Perdido(a)?

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Web Addicted

O dia do primeiro show dos meninos era coincidentemente o mesmo dia em que completavam dois meses desde que Arthur tinha saído do hospital. Cheguei cedo no bar acompanhada de Soph, tinha deixado Diego com a babá, afinal o show era um pouco tarde e eu sabia que ele ia acabar dormindo se o trouxesse.
‘Lu!’ Chay me chamou quando estávamos entrando.
‘Hey, Chay!’ Sorri e Sophia acenou ao meu lado.
‘Que bom que vocês vieram!!’ Ele sorriu. ‘A gente tá sentado numa mesa ali perto do palco, os meninos estão lá no camarim, mas eu fiquei fazendo companhia a Melanie.’ Chay falou apontando para a namorada que agora estava sozinha na mesa. ‘Tem lugares pra vocês lá!’ Ele nos acompanhou até a mesa.
‘Hey,
Mel !’ Sorri e ela se levantou me abraçando e abraçando a Soph em seguida. Elas se viam muito raramente. Apesar do namoro do Chay e da Melanie já ter quase 1 ano, depois do acontecimento no aniversário da Soph, ela raramente saía pra algum lugar onde Micael estivesse.
‘Bom, vou lá pro camarim!’ Chay deu um selinho em
Mel e sorriu entrando logo depois em uma porta na parte lateral do pequeno palco.
‘Ai, tô ansiosa.’ Falei baixo e ri.
‘Pra falar a verdade eu também tô!’
Mel sorriu e pegou minha mão. ‘Mas vai dar tudo certo, o Arthur tem ido super bem nos ensaios, tenho certeza de que ele tá preparado!’ Eu sorri nervosa e ela apertou minha mão.
Quase uma hora depois o local já estava cheio. Os meninos não tinham mais aparecido na mesa e eu, Sophia e Melanie ficamos conversando e bebendo algumas coisas.

‘Ai eu soube que nessa banda só tem gatinhos.’ Duas loiras aparentando menos de 18 anos passaram pela mesa cochichando e rindo. Nós rimos balançando a cabeça e logo depois um senhor subiu no palco.
‘Boa noite!’ Ele cumprimentou e sorriu. ‘Fico feliz em ver a casa cheia hoje à noite. A banda que veremos a seguir é de um grande amigo meu e garanto que vale muito a pena. Com vocês...McFLY!’ Ele saiu do palco e as cortinas abriram revelando quatro garotos sorridentes. Eles cumprimentaram o publico agradecendo a presença de todos e em seguida começaram a tocar.

À medida que eles tocavam o publico parecia cada vez mais animado. Arthur estava ótimo no palco, sorridente e confiante exatamente como antes do acidente. Quando nossos olhares se encontraram ele sorriu pra mim e eu retribuí um pouco sem graça. As duas loiras que tinham passado pela nossa mesa estavam bem na frente do palco com mais duas amigas, todas cochichando entre risinhos. Os meninos deviam estar amando aquele assédio todo, se agora já tem isso, imagina quando eles ficarem realmente famosos.
Sorri imaginando Arthur sendo perseguido nas ruas e a gente tendo que mudar o numero do telefone porque as fãs sempre descobriam. Fiquei algum tempo perdida nesses pensamentos até me dar conta que eu estava criando um futuro que nem é tão provável assim, claro que era o que eu mais queria; eu, Arthur e Diego juntos como uma família de verdade, mas o futuro é realmente incerto.


Os meninos tocaram sete musicas e foram muito aplaudidos. Eles saíram do palco e a principio sumiram da nossa vista, logo depois Chay apareceu suado e sorrindo muito.
Mel pulou em cima dele distribuindo beijos por todo seu rosto e ele riu.
‘Iai, gostaram?’ Ele olhou pra
Melanie e depois pra mim e Sophia.
‘Foi perfeito, amor!’ Ela o abraçou.
‘Foi mesmo Chay, vocês foram ótimos!’ Sophia sorriu e eu concordei.
‘Ufa, acho que não fomos tão mal, né?’ Ele sorriu sentando ao lado de
Mel .
‘E os meninos?’ Ela perguntou como se lesse os meus pensamentos e acho que os de Sophia também.
‘Micael tá vindo ali.’ Ele apontou para um garoto sorridente que passava cumprimentando todo mundo. ‘E o Arthur e o Pedro eu não sei, devem estar com umas meninas que estavam nos esperando do lado de fora do camarim.’
Mel deu um tapa discreto em Chay como se o repreendesse por dizer isso e ele riu sem graça. ‘Quer dizer, talvez não né? Não sei.’ Ele tentou se consertar e eu ri sem graça.
‘Arrasamos dude!’ Chay fez um high five com Micael quando esse sentou na mesa.
‘Sério?’ Ele olhou de mim pra Soph.
‘Vocês foram ótimos, Micael!’ Sorri sincera.

Ficamos conversando na mesa durante quase uma hora, e ainda nenhum sinal de Arthur ou Pedro. Pensei ter o visto algumas vezes, mas acho que foi só coisa da minha cabeça, a essa hora ele já devia estar em algum motel barato da cidade com alguma vadia loira.
‘Hey!’ Uma voz conhecida me despertou do meu transe e eu sorri quando vi Arthur parado na minha frente. Ele sentou do lado de Micael e os dois começaram uma conversa animada. As coisas entre a gente ainda estavam um pouco estremecidas, desde o dia em que ele me viu chorando lá em casa logo depois de a gente ter quase... passado dos limites. A gente ainda não tinha ficado de novo, e ele evitava ficar lá em casa, sempre que ia visitar Diego o levava pra algum outro lugar. Parece que ele entendeu que eu não queria tocar mais naquele assunto, então ele não perguntou por que eu estava chorando naquele dia.
‘Soph, será que a gente pode conversar?’ Micael a olhou apreensivo. Ela ficou algum tempo o encarando, até que eu a cutuquei por debaixo da mesa e ela sorriu fraco confirmando.
‘Boa sorte!’ Falei baixo rindo e ela balançou a cabeça se levantando.

A mesa ficou em silêncio por alguns minutos, exceto por Chay e
Mel que soltavam risinhos e se beijavam, eu olhava pra todos os cantos do bar evitando encontrar os olhos de Arthur. Me distraí observando um casal que dançava engraçado ali por perto e só fui perceber Arthur ao meu lado quando seu braço tocou no meu.
‘Gostou do show?’ Ele sorriu e inexplicavelmente eu não consigo não sorrir junto com ele.
‘Foi ótimo, você foi muito bem.’ Desviei o olhar dele e mexi as mãos nervosa com aquela nossa primeira conversa “amigável” depois do incidente lá em casa. ‘O Diego ficou em casa dormindo?’ Percebi que ele também mexia as pernas nervosamente.
‘Ficou, achei melhor não trazê-lo. Muito barulho, e ele tá acostumado a dormir cedo.’ Dei de ombros e ele balançou a cabeça concordando. ‘Mas ele tava doido pra vim te ver tocar.’ Sorri olhando pra ele que sorriu de volta.
‘Arthur, posso falar com você?!’ Uma loira sorriu pra ele como se eu nem existisse. Olhei pro rosto dela e percebi que era uma daquelas garotas que estavam em frente ao palco durante o show.
‘Claro, Gabby.’ Ele sorriu amigável pra ela. Hm...Gabby? Já tem essa intimidade toda? A olhei forçando um sorriso e ela deu aceninho no mínimo cínico. Vadia. ‘Já volto, Lu!’ Arthur sorriu pra mim e me deu um beijo na cabeça, pelo menos isso.
Acompanhei os dois com o olhar até que eles sumissem na multidão. Bufei apoiando o queixo na mão e fiquei lá apenas observando a movimentação. Me lembrei de Sophia e Micael e fiquei imaginando se os dois já estavam se matando ou se pegando, sorri sozinha rezando pela segunda opção. Minutos depois Arthur voltou com o cabelo um pouco bagunçado, fingi que não percebi e sorri quando ele voltou a sentar do meu lado. Eu realmente precisava sair dali, aquilo estava me magoando.

‘Eu acho que eu já vou.’ Falei já me levantando.
‘Eu te levo.’ Ele também se levantou sorrindo. Como ele consegue ficar com uma menina e logo depois se oferecer pra me acompanhar até em casa?
‘Não precisa Arthur, minha casa é aqui perto, eu vou andando.’ Abanei o ar.
‘Por isso mesmo, você acha que eu vou te deixar ir andando a essa hora? E também eu me ofereci pra te levar a pé mesmo, tô sem carro.’ Ele riu e eu balancei a cabeça. ‘Vamos?’ Ele fez um gesto para que eu fosse na frente e eu concordei silenciosamente. Caminhamos durante algum tempo em silêncio, eu sentia o ar gélido bater em meu rosto e passei a mão pelos braços sentindo frio. ‘Melhor a gente se apressar, senão vamos acabar congelados no meio da rua.’ Ele riu pegando na minha mão e andando mais rápido. A mão dele estava quente e eu me senti bem com seu toque.

‘Então, se divertiu hoje?’ Me pronunciei depois de mais alguns minutos. Ele levantou a sobrancelha pra mim como se não tivesse entendido. ‘Ah, vai dizer que não gostou de ver várias menininhas babando por vocês no palco.’ Ri.
‘Ah!’ Ele deu de ombros. ‘É legal, eu acho.’ Ele passou a mão livre pelo cabelo bagunçando-o ainda mais. Me perdi durante alguns segundos admirando seu perfil. Arthur é um cara realmente bonito, mas não é aquele tipo de beleza que enjoa, é uma beleza natural, como se todo o rosto dele tivesse sido cuidadosamente desenhado. Ele é definitivamente o tipo de garoto que qualquer garota poderia se apaixonar, não importa se ela tiver algum tipo preferido.
‘Que foi?’ Ele me olhou com um pequeno sorriso no canto da boca.
‘Ahn?’ Acordei do transe e ele riu baixo. ‘Desculpa.’ Botei o cabelo atrás da orelha querendo me enterrar em algum buraco.
‘Chegamos.’ Ele sorriu apontando a entrada do prédio. ‘Tá entregue, madame.’ Ele fez uma reverência e só então eu reparei que ainda estávamos de mãos dadas.
‘Brigada, Arthur.’ Sorri. ‘Quer subir? Tomar uma água, ou um chocolate quente.’ Ele balançou a cabeça.
‘Não brigada, ainda tenho que voltar pro bar. Provavelmente hoje eu vou ter que voltar dirigindo, duvido que aqueles três ainda estejam sóbrios.’ Ele riu.
‘Ai cara! Esqueci da Soph e do Micael.’ Bati na minha testa.
‘Bom, pelo que o Micael me contou da historia deles, ou estão se matando, ou se agarrando.’ Eu ri percebendo que ele pensou a mesma coisa que eu. ‘Espero que seja a segunda opção.’ Ele sorriu e eu o olhei achando que ele era uma espécie de telepático. Ficamos nos olhando uns segundos até eu balançar a cabeça como se despertasse.

‘Melhor eu entrar, cuidado Arthur, andar sozinho a essa hora é perigoso. Não é melhor chamar um táxi?’ Mordi o lábio olhando as ruas quase desertas.
‘Não precisa Lu, sério. Amanhã te ligo pra dizer que ainda to vivo.’ Ele riu e eu dei língua. ‘Tchau pequena.’ Ele me deu um beijo na cabeça e eu sorri lembrando que ele costumava me chamar de pequena.
‘Tchau.’ Soltei nossas mãos e entrei pelo portão fechando-o em seguida.
‘Lu!’ Arthur me chamou e eu olhei pra trás ainda segurando a grade de portão. ‘A Gabby...ela é ficante do Pedro.’ Ele sorriu fraco e virou refazendo o caminho que tínhamos feito minutos atrás. Continuei parada segurando o portão e observando-o se afastar chutando pedrinhas. Sorri comigo mesma e resolvi entrar antes que congelasse.

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