Chorei,
desabafei, gritei no banho, fiz tudo isso antes de encarar o mundo la fora-
tecnicamente enfrentar Pedro e suas atitudes absurdas, ter que olhar para
Arthur depois de tudo o que ele me disse e eu ter ido, e não ter nem a Me para
ter um abraço.
Bia:
Filha seu café.- Não pude sair de fininho.
Lua:
Ah...Sim, um mamão por favor Claudia- Pedi a empregada.
O
barulho dos talheres da minha mãe entregava que o seu próximo gesto com a boca
levaria a uma pergunta a mim.
Bia:
Apenas mamão mais alguma coisa?- Ela não era uma péssima mãe, logo ia dar conta.
Lua:
Estou sem fome, um mamão ira me deixar bem pela manhã.- Bem calma.
Claudia:
Aqui esta minha linda- Sorri torto.
Lua:
Obrigado.- Novamente o silencio tomava conta da mesa, algo que era horrível na
casa de um Blanco, donos da fala , isso não podia acontecer...minha mãe me
ensinou a ser humilde e lidar com os problemas, aceitar ajudas...mais quando
isso acontece conosco é mais difícil de aceitar esse conselho.- Bom tenho que
ir tchau mãe- dei um beijo em sua testa.
-Claudia:
Tchau minha pequena- beijou-me na bochecha, caminhei ate a porta e a olhei.-
Depois teremos uma conversa.- Acenei e sai.
A
ida pra escola foi tranquila, dei uma leve cochilada no carro e logo já estava
lá.
Estava
tudo tão...tão igual, tudo tão norma que me forçava acreditar que algo tinha
acontecido...sem muitas pessoas no pátio, devia estar atrasada.
Bati
na porta e logo o professor Demetrio me atendeu.
Lua:
Posso?
Sr
Demetrio: Sim senhora Blanco.- Abriu a porta, Vi o olhar de Pedro me perseguir
aff tudo daria certo no final, TUDO. Sentei na primeira fileira, como a
maioria de vocês chamam a fileira dos Nerds, o que era bom estar com gente
inteligente do que burra.
Arthur
estava com a face seria, e me encarando de fato não gostou de eu ter ido la,
não mesmo. Logo mais tarde a sala foi se esvaziando Mel e Sophia passaram por
mim, mas nem tentei olha-las. Arthur ficou só lá no fim da sala, louco para vim
me dizer o que queria dizer, eu o conhecia. Levantou em um gesto bruto e veio
ate mim.
Arthur:
Eu pedi pra você não ir, pra você ficar em casa, por que você não me escutou
garota por quê?- Ele gritava e me assustava apesar de tudo eu queria um abraço
e não pude evitar abraça-lo fortemente, soltou um gemido abafado e depois de
resistir um pouco me abraçou e passou a mão nos meus cabelos.- Ele machucou
você? Você ta bem? Não é claro que você não esta.
Lua:
Arthur eu não quero mais ficar aqui, eu me sinto um lixo, nunca fui tão
humilhada...Desculpa não ter ouvindo você, eu fui uma burra...
Arthur:
Para de falar assim de você. Me conta o que aconteceu.
Lua:
Ele tentou...ele quase me...estuprou Arthur- chorei- Ele me disse coisas
horríveis, como queria me matar, ele é um psicopata, Ele me bateu, rasgou as
minhas roupas...mas eu consegui fugir de la, eu bati nele com uma garrafa e
sai- eu falava sem parar e as lagrimas caiam sem ao menos quererem parar, era
horrível me sentir assim, ameaçada e com medo.
Arthur:
DESGRAÇADO,
FILHO DA PUTA. Onde ele machucou
você Lua? Me deixa ver Agora. - Tirei meu casaco e então ele levou seu olhar a
faixa, tirou-a e viu que estava roxo e com alguns arranhões.- Primeiro a gente
cuida disso e depois vemos o que fazer.
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