Addicted - 48° Capitulo 'Últimos Capítulos'
Capitulo Narrado por Arthur
Observei minha imagem no espelho achando aquela roupa engraçada, não podia negar que ficava bem em mim. Meu cabelo estava estranhamente arrumado, não havia um fio fora do lugar. Passei a mão por eles achando-os mais lisos que o normal.
Suspirei vendo o reflexo da sala vazia no espelho, meu estômago insistia em dar milhares de voltas me fazendo ter a estranha sensação de que a qualquer momento eu podia botar pra fora tudo o que tinha ingerido naquele dia. Não que eu tivesse comido muita coisa, o nervoso não me permitiu. Observei o relógio na parede, achando aquele tic tac mais irritante do que nunca, e vi que ainda faltavam quarenta e cinco minutos. Sem contar os atrasos, claro.
A porta da sala foi aberta e um Micael sorridente entrou me olhando dos pés à cabeça.
'Você tá um arraso!' Ele fez uma voz afetada e ainda virou a mão de uma forma absurdamente gay. Sabe, às vezes eu tenho pena da Sophia.
'Sai pra lá, seu gay!' Falei sorrindo. Normalmente eu também responderia de uma forma gay, mas naquele dia eu estava nervoso demais para ao menos conseguir fingir ser homossexual. 'Como ela tá?' Perguntei ansioso.
'Quer mesmo que eu fale?' Ele fez uma cara pervertida e eu fechei a cara. Acho que ele ainda não tinha percebido que eu não estava muito afim de brincadeiras. 'Relaxa, cara! Você tá muito nervoso.' Olha só, ele percebeu!
Caminhei até o outro lado da sala e sentei no sofá observando Micael fazer caras e bocas em frente ao espelho.
'Eu fico bem com essas roupas sociais.' Comentou mexendo na gravata e eu sorri fraco concordando silenciosamente. 'Ela tá linda, cara.' Ele acabou falando depois de um breve silêncio e eu o olhei através do espelho.
'Eu nem acredito que isso tá acontecendo.' Balancei a cabeça descrente sentindo um sorriso bobo se formar em meu rosto.
'Eu nem acredito que você tomou coragem de pedir a Lu em casamento... de novo.' Micael sentou ao meu lado no sofá.
'Depois que eu tive aqueles flashes de antes do acidente, do nosso jantar, do meu quase pedido, da briga... eu simplesmente entendi o que ela sentiu durante todo esse tempo. Àquele dia no jantar... ela, de alguma forma, já sabia que eu ia a pedir em casamento e por mais que ela negue, toda a nossa briga foi por pura insegurança da parte dela. Ela não sabia se estava preparada pra um compromisso tão sério, por mais que gostasse tanto de mim. E quando eu paro pra pensar, eu também devia estar inseguro. A gente deixou a nossa insegurança tomar conta da gente e deu no que deu.' Suspirei apoiando meus cotovelos na perna e passei a mão pelos cabelos.
'Você tava inseguro até os ossos.' Micael sorriu com o olhar perdido em algum ponto da sala. Provavelmente lembrando de alguns fatos que eu não conseguia.
'Durante todo esse tempo ela se culpou pelo acidente, e por ter sido tão insegura.' Balancei a cabeça enquanto lembrava das conclusões que eu havia chegado, desde o dia no aeroporto em que eu pedi a Lu em casamento, até aquele dia, quatro meses depois. 'Sabe, seria loucura pensar que ela se culpou tanto pelo acidente que foi capaz de me perdoar por todas as besteiras que eu fiz?' Encarei Micael que parecia ter saído do seu flashback e me encarou também.
'Em se tratando da Lu... eu não duvido.' Ele deu de ombros. 'Ela parece que gosta de sofrer em silêncio, sempre com a mania de guardar as coisas pra ela. Em todos esses anos de amizade eu nunca consegui a entender muito bem.'
'Eu acho que to começando a descobrir o que se passa na cabeça dela...' Fui interrompido quando Chay, Pedro e Diego entraram na sala.
'Pai! Pai! A mamãe tá linda!' Diego correu até mim e eu o carreguei botando no colo.
'Sua mãe é linda! Mas me fala, como ela tá?' Perguntei sem conter minha curiosidade. 'Ei, isso é trapaça! Não fala, Diego!' Pedro riu. Diego colocou as duas mãos na boca e me olhou como se pedisse desculpa.
'Isso não é justo, cara. Todo mundo já viu como ela tá, menos eu!' Confesso que pareci um adolescente em crise falando isso.
'Você vai ver, em trinta e cinco minutos.' Chay sorriu serenamente observando rapidamente o relógio. 'Sem contar os atrasos, claro!' Claro.
'Hm... acho melhor irmos lá pra fora, né?' Pedro quebrou o silêncio de quase 10 minutos que já estava me matando. Olhei o relógio pela milésima vez querendo que, de alguma forma, os ponteiros ficassem mais rápidos apenas com a força do meu pensamento.
A ansiedade estava quase me matando, eu mal sentia meu estômago, e minhas mãos começavam a ficar suadas e inquietas. Essa uma sensação estranhamente agradável, eu sabia que em alguns minutos ela estaria ali e então tudo estaria perfeitamente certo e em seu devido lugar.
Antes que eu pudesse perceber já estávamos na porta da igreja onde algumas pessoas entravam me cumprimentando e eu respondia automaticamente sem saber direito o que fazer. Vi os pais da Lu ali fora e fui cumprimentá-los rapidamente, ainda estava um pouco sem graça na frente deles, principalmente do pai dela que eu havia conhecido apenas uma semana antes. Ouvi uma voz me chamar e me virei encontrando minha mãe em um vestido longo, azul marinho e os cabelos presos em um penteado bonito. Ela sorriu para os pais da Lu e se virou pra mim.
'Como você tá se sentindo?' Perguntou passando a mão por meu cabelo e eu forcei um sorriso. 'Bem.' Falei casualmente, ou tentando pelo menos.
'Hm... te conheço a mais de vinte anos, meu filho. Esse seu sorriso forçado não funciona comigo, eu sei que você tá nervoso.' Ela sorriu sincera me fazendo ficar um pouco sem graça. 'Ai, meu Deus, meu filho vai casar!' Ela falou de uma maneira um pouco histérica e eu ri. 'Agora vai indo lá pra dentro, não esquece de cumprimentar direito as pessoas e fale para os meninos e as namoradas irem logo pro altar também.' Minha mãe arrumou minha gravata e depois se virou para conversar com os pais da Lu, ou só a mãe já que o pai não falava inglês muito bem.
Entrei na igreja com Micael, Chay e Mel em meu encalço. Sophia estava com a Lu e Pedro provavelmente estava se pegando com a Vicky, minha prima. Desde que ele terminou com a Rayana e voltou para a vida de pegador, a Vicky tinha sido sua vitima constante.
Depois de cumprimentar algumas pessoas, subimos no altar e eu olhei a igreja que ia se enchendo aos poucos. Não era um lugar enorme, mas também não era pequeno. Diego surgiu de algum lugar correndo e pulou no meu colo sorrindo.
'A mamãe chegou.' Falou baixo em meu ouvido e eu senti meu coração querer sair pela boca. Antes que eu pudesse falar alguma coisa, vi Sophia entrar pela igreja e atravessa-la cumprimentando algumas pessoas pelo caminho. Ela usava um vestido rosa claro e os cabelos estavam soltos caindo por seus ombros, Micael ao meu lado sorriu observando a namorada se aproximar.
'Chegamos!' Ela falou animada dando um selinho rápido em Micael e depois se virando pra mim. 'Iai, preparado pra casar?' Perguntou num tom brincalhão.
'Ela vai demorar pra entrar?' Perguntei nervoso botando Diego no chão e segurando-o apenas pela mão. Sophia conferiu o relógio de Micael e depois sorriu negando.
'Só mais alguns minutos. Sua mãe já tá pedindo pra todo mundo que tá lá fora entrar na igreja.' Ela apontou a porta onde várias pessoas entravam ao mesmo tempo. 'Hora de irmos lá pra fora.' Falou se virando para Micael, Chay e Mel. 'Onde o Pedro se meteu?'
'To aqui!' Um Pedro um pouco ofegante apareceu com um sorriso no rosto. Observei Vicky sentar ao lado de Kate, sua irmã gêmea, com um sorriso tão idiota quanto o do Pedro.
'Vamos, vamos, vamos.' Sophia falou apressada pegando Micael e Diego pela mão e os outros três a acompanharam para fora da igreja. Pedro entraria com a minha mãe, James entraria com a mãe da Lu e Diego entraria com as alianças.
Passei a mão pela testa reparando o quão suada ela estava e fiz careta respirando fundo. A maioria das pessoas que já estavam sentadas olhavam sorrindo pra mim, e eu estava parecendo um adolescente antes de beijar uma garota gostosa. Ridículo.
O padre apareceu minutos depois sorrindo pra mim e falando algumas coisas que eu mal consegui prestar atenção. A ansiedade estava me corroendo por dentro e eu sentia que meu coração poderia saltar pela minha boca a qualquer instante. Comecei a respirar profundamente na tentativa de me acalmar e fazer com que o suor parasse de brotar na minha testa e em minhas mãos.
Os minutos começaram a passar tão lentos que pareciam intermináveis horas. Eu sentia como se os ponteiros do relógio estivessem em algum tipo de complô conta mim.
Quando eu menos esperava um silêncio tomou conta da igreja e eu acho que consegui ouvir meu próprio coração batendo desesperadamente. Uma música começou a ser tocada e eu vi Sophia e Micael entrarem lentamente e atravessarem a igreja sorrindo. Chay e Mel vieram logo atrás, depois a minha mãe com o Pedro e o James com a mãe da Lu.
A música parou fazendo com que os murmúrios das pessoas na igreja pudessem ser ouvidos. Chay que estava ao meu lado, deu dois tapinhas em meu ombro e Mel sorriu sinceramente, tentando me passar confiança.
Eu não precisava de confiança. Eu estava confiante, eu sabia o que estava fazendo e tudo parecia mais certo do que nunca, como se todas as peças do quebra cabeça se encaixassem perfeitamente, agora faltasse apenas uma ultima peça para tudo ficar completo.
E então eu vi a ultima peça que faltava do quebra cabeça, a peça mais bonita e mais importante, a pecinha principal e que dava todo o sentido ao meu quebra cabeça.
A Lua estava ali, na porta da igreja, de braço dado com o pai e sorrindo pra mim. O sorriso mais lindo de todos os sorrisos, o mais sincero, o mais cativante. O sorriso que faria até o mais senil e irritante dos homens morder a língua. Tá, isso é uma musica, mas não vem ao caso. Diego estava logo à sua frente, segurando uma pequena caixinha com as alianças.
A Marcha Nupcial invadiu a igreja e antes que eu percebesse já tinha prendido a respiração vendo a Lu dar passos lentos e calmos até o altar. Ela sorria para algumas pessoas e vez ou outra mordia o lábio mostrando nervosismo. Observei seu vestido branco que parecia ter alguns brilhantes espalhados por todo ele. Seu colo estava a mostra e o pequeno pingente em forma de coração que eu havia lhe dado pendia em seu pescoço.
Quando ela estava apenas a alguns passos de mim, seus olhos fixaram-se nos meus e eu vi a felicidade refletida neles. A dela, e a minha. Ou a nossa, porque a partir daquele momento, mais do que nunca, tudo que era meu seria dela, e tudo que era dela seria meu.
Cumprimentei seu pai com um aperto de mão e um sorriso que foi retribuído quando ele entregou a mão dela pra mim. Segurei sua mão entrelaçando nossos dedos e reparei que ela tremia, passei meu polegar calmamente pelas costas de sua mão numa tentativa de acalmá-la e sorri observando seus olhos se encherem de lágrimas. Beijei carinhosamente sua mão e nos viramos para o padre com sorrisos bobos em nossos rostos.
O padre começou a cerimônia falando algumas coisas que praticamente passavam despercebidas por meus ouvidos. Toda a minha atenção estava voltada para a mulher ao meu lado que sorria prestando atenção ao que o padre falava enquanto deixava que algumas lágrimas caíssem livremente por seu rosto. Nossos dedos ainda estavam entrelaçados e eu sentia ela apertar minha mão vez ou outra e me olhar de canto de olho deixando que um sorriso brincasse em seus lábios. O meu sorriso parecia mais que era permanente, cheguei até a prever as piadinhas do tipo "dormiu com um cabide na boca?", mas nem me importava. Enquanto eu tivesse a Lua ali comigo, era assim que eu ia permanecer.
'As alianças.' A voz do padre me despertou do meu transe. Diego surgiu ao meu lado sorrindo pra mim e estendendo as alianças. Peguei uma delas e sorri em agradecimento pra ele. Me virei de frente pra Lu, e ela fez o mesmo vacilando o sorriso enquanto tentava segurar as lágrimas que insistiam em cair por seu rosto. Eu sorri pegando sua mão que havia voltado a tremer e respirei fundo.
'Hm... acho que esse era pra ser o momento em que eu digo que preparei meus votos com o maior cuidado e os ensaiei cuidadosamente em frente ao espelho durante semanas seguidas, e começo a esquecer as palavras e jogar todo meu trabalho no lixo.' Falei calmamente fazendo as pessoas rirem. 'Mas pra falar a verdade eu não ensaiei meus votos durante semanas, e nem muito menos os preparei com o maior cuidado. Essa noite eu não quero que nada seja preparado e nem ensaiado. Tudo que eu disser, vai ser espontaneamente e vai ser o que eu estou sentindo no momento, ou sinto desde que eu conheci você.' Comecei lentamente a escorregar a aliança pelo dedo trêmulo da Lu enquanto a olhava guardando seus traços em minha memória. 'Eu gostaria de puder dizer tudo que eu vivi ao seu lado ao longo desses quase cinco anos, mas infelizmente o destino nos pregou uma peça e apagou parte dessas memórias do meu cérebro. Tudo o que eu tenho guardado são as memórias dos melhores três anos da minha vida, os três anos que eu redescobri você e o Diego, e que eu descobri o que é se apaixonar por alguém e aceitá-la com todos seus defeitos, por mais irritantes e absurdos que eles possam parecer.' Continuei escorregando a aliança enquanto olhava os olhos da Lua que constantemente se fechavam e deixavam uma grande quantidade de lágrimas cair por eles, mas ainda assim o sorriso permanecia em seu rosto.
'Nesses anos eu descobri que ser pai é a maior alegria que um homem pode ter, e que se você tiver a mulher certa ao seu lado, não importa quantos empecilhos que a vida coloque, você sempre vai arrumar um jeito de passar por cima deles. Descobri também que por milhares de vezes é preciso colocar a felicidade de outras pessoas acima da nossa, e que essa é a forma mais sincera de demonstrar o quanto você se importa com o outro.' Ouvi algumas pessoas fungando ao meu lado e deduzi que deviam ser as meninas e nossas mães. 'E eu não teria aprendido nada disso se não fosse por essa mulher linda que tá aqui na minha frente chorando e borrando toda a maquiagem.' Falei rindo fazendo a Lu ficar sem graça e passar rapidamente a mão livre pelo rosto. 'Não precisa limpar o rosto, mesmo que ele estivesse completamente borrado, você ainda seria a mulher mais linda e encantadora que eu conheço.' Ela corou com meu comentário e eu sorri ainda mais. Eu amava deixá-la sem graça e mais ainda fazê-la corar. 'Eu me apaixonei pela menina sem maquiagem, com um sorriso sincero que fica sem graça com meus elogios e sabe ser mãe, amiga, namorada, companheira e amante nas horas certas. A pessoa mais compreensiva que eu conheço, a que sabe me ouvir e me dizer as palavras certas nos momentos mais que certos, a única que consegue me passar toda a confiança que eu preciso com um único sorriso e conseguiu ser forte por nós dois quando parecia que tudo estava desabando em cima da gente.' A aliança estava praticamente encaixada perfeitamente no dedo dela.
'Lu... você foi a mulher que eu escolhi pra ficar do meu lado e me ajudar a construir minha vida, e há muito tempo eu sei que essa é provavelmente e decisão mais certa que eu já tomei. Acho que só me resta agradecer por você ser quem você é, por ter me aceitado como eu sou e nunca ter desistido de mim.' Repeti a frase que eu já havia lhe falado muitos meses antes. 'Durante muito tempo eu senti falta de alguma coisa na nossa relação, sem me dar conta de que diante dos nossos gestos e olhares, isso ficava muito mais explicito do que dito em voz alta. E eu sei que você, assim como eu, nunca precisou ouvir isso para saber que é verdade, mas se ainda resta alguma dúvida... Eu amo você.' Terminei encaixando a aliança no dedo da Lu, e beijei seu dedo ouvindo ela soluçar baixinho e apertar minha mão com um sorriso estampado no rosto.
Diego parou ao lado dela estendendo a outra aliança e ela pegou se virando pra mim em seguida. Ela fungou antes de começar a falar com um sorriso bobo no rosto.
'Bom... depois disso tudo, acho que meus votos ridiculamente ensaiados vão todos por água abaixo.' Rimos. 'Eu só queria te agradecer, primeiramente por ter me dado o melhor presente de todos e o que mais mudou minha vida.' Olhamos para Diego que sorriu colocando as duas mãos no rosto como se estivesse com vergonha fazendo toda a igreja rir. 'Também queria agradecer por você ter ficado do meu lado todos esses anos, por ter me ajudado e me apoiado quando eu mais precisei e principalmente por você ter me aceitado como eu sou, com todos os meus defeitos irritantes e absurdos!' Ela sorriu fraco escorregando a aliança por meu dedo. 'Eu soube desde o inicio que você seria o cara que ficaria do meu lado, e hoje mais do que nunca eu tenho certeza disso. Eu quero passar o resto da minha vida sentindo você me olhar enquanto eu durmo e dizer "bom dia, dorminhoca" ou "bom dia, bela adormecida" me dando um beijo no nariz.' Ela deu o sorriso mais bobo de todos e eu ri ficando um pouco sem graça, eu nem sabia que ela podia sentir que eu ficava a observando dormir. 'E eu não quero nunca sentir isso por outra pessoa, porque eu sei que nenhuma vai ser tão certa pra mim como você. E não importa quantas vezes eu repita as três palavras mágicas, elas nunca vão conseguir expressar o quanto eu realmente amo você.' Lua terminou de encaixar a aliança em meu dedo e me olhou com os olhos cheios de lágrimas.
Passei o polegar calmamente por seu rosto tirando as lágrimas que ainda desciam e sorri aproximando meu rosto do dela e selando nossos lábios carinhosamente. Uma de suas mãos estava espalmada em meu peito e a outra fazia um carinho bom em minha nuca, me fazendo quase esquecer que aquilo era uma igreja e aquele de fato era nosso casamento.
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