‘Ok, ok Thur, vamos logo que eu quero ajudar Kátia com os preparativos do almoço.’ Falei o puxando pela camisa.
‘Tá, fica aí que eu vou lá pagar.’ Ele falou já se afastando.
‘Thur!’ Falei num tom um pouco alto. ‘O presente não é nosso?’ Falei em duvida.
‘Claro!’ Ele fez uma cara obvia.
‘Então não é você que vai pagar, somos nós dois!’ Me aproximei dele e peguei o carrinho de suas mãos.
‘Claro que não Luinha, deixa que eu pago!’ Ele pegou o carrinho de volta. ‘Vou lá!’ Ele foi em direção ao caixa e eu respirei fundo.
‘Arthur!’ O puxei pela barra da camisa e ele me olhou assustado por
causa do meu tom de voz. ‘A gente vai dividir e ponto.’ Fiz uma cara
séria e ele bufou.
‘Cara como você é chata!’ Ele abaixou os ombros derrotado e eu sorri vitoriosa.
‘Vai, vamos pagar!’ Peguei o carrinho e fui em direção ao caixa com Thur logo atrás de mim.
‘Thiago, não faz assim meu amor!’ Falei pegando a colher da mão de Thiago que brincava de jogar comida pra fora do prato enquanto Thur ria. ‘E você pára de rir, ele tá achando que isso é certo.’ Olhei pra Thur que deu de ombros.
‘Ele é criança Luinha, deixa ele se divertir!’ Thur passou a mão pela cabeça de Thiago e eu bufei. Estávamos dando comida pra Thiago em uma mesa no jardim da casa de Kátia, já que lá dentro estava um pouco cheio com os amigos e os familiares dela.
‘Bincá!’ Thiago falou sacudindo a colher e sorrindo.
‘Tá bem, chega de comida Thiago,
já vi que você não quer mesmo.’ Peguei o prato dele e me levantei. ‘Vou
levar lá dentro.’ Falei já andando em direção a cozinha da casa.
‘Luinha, vou levar o Thiago pra conhecer o bosque, você vem?’ Voltei pro jardim e Thur estava com Thiago no colo. Fiquei alguns instantes lembrando da ultima vez que eu e Thur estivemos no bosque e fiquei insegura quanto a voltar lá de novo.
‘Não, vão vocês. Eu vou ajudar Kátia e depois descansar um pouco.’ Sorri fraco e Thur
balançou a cabeça concordando. Observei os dois se afastarem rindo e
soltei um longo suspiro indo novamente em direção a cozinha. Passei pela
sala sorrindo fraco pra Kátia e resolvi subir um pouco.
Fechei a porta e o barulho das vozes diminuiu, sorri comigo mesma e
deitei na cama, fiquei algum tempo pensando em tudo que vinha
acontecendo ultimamente. Eu e Thur
havíamos nos reaproximado, e eu ainda não sabia direito o que fazer a
respeito disso. Bufei deitando de lado e fechei os olhos para tentar
tirar qualquer pensamento da minha cabeça.
‘Hey!’ Senti alguém passar a mão por minha cabeça e abri os olhos
piscando algumas vezes. Quando consegui focalizar minha visão no rosto
próximo ao meu, sorri fraco pra Thur
que botou uma mecha do meu cabelo atrás da orelha. ‘Depois eu que sou o
belo adormecido né?’ Ele falou brincando e eu sorri.
‘Que horas são? Eu subi pra descansar um pouco, mas acho que dormi demais né?’ Fiquei sem graça e ele balançou a cabeça.
‘Você tava precisando descansar mesmo.’ Ele se mexeu um pouco e eu percebi que ele estava deitado do meu lado na cama.
‘Cadê o Thiago?’ Levantei a cabeça e olhei pelo quarto, mas não havia mais ninguém.
‘Lá embaixo vendo desenho. Subi pra ver se você tava bem.’ Ele sorriu
meigo e eu fiquei o encarando sem saber o que dizer. Passei minha mão
por seus cabelos, arrumando-os carinhosamente e ele fechou os olhos
sorrindo, desci minha mão passando o dedo indicador delicadamente pela
testa dele e depois acariciei sua bochecha. Era uma sensação boa tocar a
pele branquinha dele. Thur
abriu os olhos ainda sorrindo, pegou minha mão, beijou carinhosamente a
palma e depois entrelaçou nossos dedos. Eu sorri fraco sem desviar do
olhar dele e senti que ele se aproximava devagar, não me afastei e nem
tentei pará-lo. A quem eu estava tentando enganar? Eu queria aquilo, eu
precisava sentir o gosto dele novamente.
Com a mão livre ele acariciou minha bochecha e depois a deslizou para a
nuca. Eu observei seu rosto bem de perto, analisando cada traço, cada
mínimo detalhe. Senti o nariz dele encostar no meu e suspirei fraco
fazendo-o sorrir quando minha respiração tocou em sua boca. Quando a
distância entre nós já era praticamente nula, Thur
resolveu “brincar” de ficar roçando nossas bocas, eu não contestei,
apenas entrei na brincadeira também, sabia que não ia durar muito tempo.
Depois de alguns segundos entre risinhos, ele me puxou delicadamente
pela nuca e nossas bocas finalmente se encostaram. Senti a língua dele
passar lentamente pela minha boca e a abri tentando guardar aquela
sensação pra sempre. Era um beijo delicado e sem pressa, nós queríamos
apenas aproveitar aquele momento. Thur
botou nossas mãos ainda entrelaçadas em suas costas me puxando mais pra
perto, e eu encaixei uma das minhas pernas entre as suas.
Parti o beijo dando uma mordida fraca no lábio inferior de Thur,
e ele sorriu me dando um selinho. O olhei em silêncio levando minha mão
livre até sua nuca e a acariciando. Ele soltou nossas mãos que estavam
entrelaças e me abraçou pela cintura passando o outro braço por debaixo
da minha cabeça, eu encostei minha cabeça em seu ombro sem parar de
fazer carinhos em sua nuca. O silêncio no quarto em alguma outra ocasião
poderia ser assustador, mas ali era apenas um silêncio, talvez
tivéssemos medo de falar alguma coisa e acabar estragando o momento.
Ficamos ali por intermináveis minutos, apenas aproveitando a presença um
do outro e fazendo carinhos sem segundas intenções. Ele passava os
dedos por minhas costas como se desenhasse alguma coisa e eu bagunçava
seus cabelos com o rosto quase enterrado em seu pescoço, o perfume dele
sempre me deixa dopada.
Ouvimos a voz de Thiago lá embaixo e isso pareceu nos despertar.
‘Melhor a gente descer.’ Falei baixo me soltando um pouco de Thur
e ele concordou sem parar de me abraçar. Eu o olhei sorrindo e ele me
deu um selinho me soltando em seguida. ‘Vou lavar o rosto.’ Me levantei e
fui até o banheiro, passei uma água no rosto e prendi meu cabelo em um
coque frouxo. O sol já tinha sumido a algum tempo e eu só reparei quando
saí do banheiro e me deparei com o quarto escuro.
‘A gente tá bem agora?’ Thur
perguntou me abraçando pela cintura e encostando nossas testas. Eu mal
conseguia enxergar seu rosto, mas sabia que ele estava sorrindo.
Sussurrei um ‘uhum’ e passei meus braços por seu pescoço. Ele me puxou
um pouco pela cintura fazendo com que meus pés saíssem do chão e eu
sorri encostando nossas bocas. Não ficamos nos beijando durante muito
tempo, já que a voz de Thiago no andar de baixo novamente chamou nossa atenção.
‘Ei, meu amor!’ Falei carregando Thiago e beijando-lhe a bochecha. ‘Cadê a Kátia?’ Perguntei olhando em volta, mas só quem estava por ali eramMicael, Sophia e Rodrigo.
‘Ela já foi né, Luinha?’ Abraao fez uma cara obvia e eu olhei incrédula pra Thur.
‘Arthur! Não acredito que você não me acordou pra eu me despedi da sua mãe!!’ Falei séria.
‘Ela pediu pra não te acordar!’ Ele levantou os braços mostrando que era
inocente e eu bufei. ‘Ela disse que você tava muito cansada e por isso
não queria te acordar, mas ela prometeu que liga amanhã!’ Ele sorriu e
eu concordei balançando a cabeça.
‘Vamos pra casa, príncipe?’ Sorri pra Thiago, ele olhou pra Thur sorriu. Peguei minha bolsa e me despedi das pessoas que ainda estavam lá.
‘Eu devo ir pra lá na sexta. Preciso resolver as coisas por aqui e o comprador vem essa semana dar uma olhada na casa.’ Thur falou enquanto caminhávamos até o carro.
‘Ok.’ Sorri fraco. Ainda não tinha me acostumado com a idéia de que Thur iria voltar a morar lá em casa.
‘Que animação.’ Ele foi irônico e eu o olhei um pouco irritada.
‘Você quer o quê, Thur?
Que eu faça uma festa de boas vindas? Que eu fique com um sorriso
estampado no meio da cara o tempo todo?’ Perguntei impaciente enquanto
botava Thiago na cadeirinha do banco de trás.
‘Não quero festa e nem sorrisos falsos, Luinha.
Só queria que você ao menos disfarçasse o fato de não se sentir bem com
isso tudo que tá acontecendo. Eu falei pra você que podia ir morar com o Micael ou o Rodrigo sem problemas...’
‘Não!’ Eu o interrompi aumentando meu tom de voz. ‘E eu já disse que não
tem problema nenhum você voltar a morar na SUA casa.’ Fechei a porta de
trás com um pouco de força e ele ficou me olhando assustado. Botei a
mão na testa respirando fundo. ‘Ok, desculpa.’ Relaxei meus ombros e
encarei o asfalto.
‘Tudo bem.’ Thur sorriu fraco.
‘Melhor eu ir.’ Falei baixo e ele balançou a cabeça concordando.
‘Tchau.’ Sorri mostrando que não queria sair de lá brigada com ele. Thur segurou meu rosto com as duas mãos e me deu um selinho demorado.
‘Tchau.’ Ele sorriu de uma maneira fofa e eu me afastei entrando no carro e sorrindo comigo mesma.
My People
- R.F Evelyn
- Heeey Girls/Boys... sou apenas uma Adolescente que está se descobrindo,ah viva cada minuto da tua adolescência com responsabilidade!Chorar, cair, levantar, sorrir, fazer loukuras, faz parte da vida :D
Perdido(a)?
sábado, 15 de setembro de 2012
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maaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaais
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