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Heeey Girls/Boys... sou apenas uma Adolescente que está se descobrindo,ah viva cada minuto da tua adolescência com responsabilidade!Chorar, cair, levantar, sorrir, fazer loukuras, faz parte da vida :D

Perdido(a)?

quinta-feira, 26 de abril de 2012

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E então, como andam as coisas?’ Sophia me perguntou enquanto caminhávamos pelo campus da faculdade, estávamos em um tempo livre e resolvemos passear um pouco e conversarmos.

‘Tranqüilo, nada fora do normal.’ Sorri fraco e ela concordou balançando a cabeça. ‘Quer dizer, o Arthur sempre aparece lá em casa pra ver o Diego, ou então eu passo na casa da Katia.’ Dei de ombros.
‘Hm, só pra ver o Diego, é?’ Soph me olhou sorrindo desconfiada e eu ri sem graça. ‘Quero saber como andam vocês, digo, você e o Arthur.’
‘Na mesma.’ Falei baixo. ‘Não é um relacionamento, a gente apenas gosta de ficar de vez em quando. Isso tudo é muito novo pra ele Soph, eu tenho medo que a gente apresse as coisas, é melhor deixar as coisas como estão. O que importa mesmo é o Diego.’
‘Ah não Lu, não começa com essa de novo de meter o Diego entre você e o Arthur.’ Ela falou séria.
‘Sophia, ele é nosso filho!’ Falei sem acreditar.
‘Lu, você sabe do que eu tô falando! Pelo amor de Deus, já se passaram dois anos, você vai deixar tudo voltar a ser como era?’ Ela parou na minha frente. ‘Não comete os mesmo erros de novo, não tenta começar de onde parou Lu, recomeça.’ Ela sorriu meigamente e eu mordi o lábio sem saber o que falar.
‘Eu...vou tentar.’ Falei suspirando e sorri fraco.

A verdade é que eu e Arthur nunca fomos realmente um casal, a gente morava junto, tínhamos um filho, mas não um relacionamento propriamente dito. Querendo ou não, Arthur ainda era um garoto de 18/19 anos e queria se divertir, e quem era eu para impedi-lo? Perdi as contas de quantas vezes ele chegou bêbado em casa depois de uma noitada com os meninos da banda. A gente nunca discutiu sobre isso, talvez por isso nunca tenha mudado. Brigávamos algumas vezes quando ele passava dos limites. Lembro de uma vez que ele saiu de casa sexta de noite e só reapareceu domingo no final da tarde, acho que foi a pior briga de tivemos, passei quase duas semanas sem falar direito com ele. Claro que tínhamos nossos momentos de casal também, às vezes saíamos para jantar, ou ficávamos em casa vendo filme, como um casal de namorados normal. Sophia sempre me criticou por isso, insistia pra que eu conversasse com Arthur, contasse que eu realmente gostava dele, mas eu nunca consegui fazer isso. Nunca fui muito boa pra lidar com essas coisas do coração, sou péssima pra demonstrar meus sentimentos, mesmo que eu ame muito a pessoa.

‘E os meninos da banda?’ Soph me acordou do meu pequeno transe e eu sorri.
‘Os meninos, ou o Micael?’ Cutuquei ela que ficou séria.
‘Não tô falando nele, só quero saber como andam as coisas agora com Arthur de volta.’ Ela balançou a cabeça. Sophia e Micael já namoraram durante algum tempo a quase 2 anos atrás. Até ele fazer a burrada de trair a Sophia no dia do aniversário dela. Micael se defende dizendo que ela tinha pedido um tempo, e Sophia diz que ele não podia ter feito isso bem no aniversário dela. Eu prefiro não me meter, sou a favor do velho ditado que diz que em briga de marido e mulher não se mete a colher.
‘Ah tudo bem, Arthur tá tendo um progresso enorme. Acredito que em pouco tempo eles voltem a velha forma.’ Sorri sincera e ela retribuiu.


‘Hey!’ Sorri pra Arthur parado na porta de casa. Ele retribuiu e me deu um beijo na testa entrando logo em seguida.
‘Iai garotão?’ Ele carregou Diego que tinha corrido até ele. Reparei que ele estava arrumado, vestia uma calça jeans escura com uma camisa amarela e um casaco escuro com zíper aberto.
Resolvi não perguntar nada, se ele quisesse dizer alguma coisa, diria por si mesmo.
‘Tudo bem?’ Sorri sem graça vendo-o sentar no sofá com o filho no colo.
‘Tranqüilo.’ Ele me olhou por alguns segundos e depois voltou a atenção pra Diego. Fiquei um tempo parada observando os dois brincarem, até acordar do transe e ir até a cozinha.
‘Quer uma água? Café? Cerveja?’ Ofereci e ele negou movimentando a cabeça.
‘Então, acho que mês que vem vamos tocar em um bar aqui perto.’ Ele sorriu pra mim.
‘Sério? Arthur, que ótimo! Achei que fosse demorar mais um pouco.’ Falei sentando no sofá um pouco afastada dos dois.
‘Eu também! Mas parece que os ensaios estão realmente dando resultado, então Chay nos falou que um amigo dele trabalha nesse bar e está procurando alguma banda para tocar no mês que vem. Se tudo der certo, seremos nós!’ Ele sorriu ainda mais e eu fiz o mesmo.
‘Eu fico muito feliz de ouvir isso Arthur, muito mesmo.’ Sorri sincera.
Arthur ficou lá brincando com Diego durante quase uma hora e nós mal conversamos. Senti que alguma coisa o agoniava. Eu prestava atenção na televisão, mas vez ou outra sentia o olhar dele em cima de mim, como se quisesse falar alguma coisa.

‘Eu...preciso ir.’ Ele se levantou sorrindo sem graça. Ele se despediu de Diego e eu o acompanhei até a porta.
‘Arthur.’ O chamei enquanto ele esperava o elevador e ele me olhou. ‘Tá tudo bem?’ Franzi a testa e mordi o lábio.
‘Hm...acho que sim.’ Ele tentou fazer uma cara engraçada, mas só conseguiu dar um risinho sem graça. Eu fiz o mesmo e pedi licença fechando a porta em seguida.
Uns trinta segundos depois a campainha tocou, eu estranhei e fui atender encontrando Arthur parado lá novamente.
‘Na verdade não.’ Ele riu passando a mão pelo cabelo. ‘Olha Lu, eu...na verdade eu não sei.’ Ele suspirou e eu sorri com o nervosismo dele.
‘Arthur, vai em frente.’ Falei tentando encoraja-lo, mas na verdade talvez eu soubesse exatamente o que ele queria me dizer e o porque de estar tão nervoso.
‘Eu vou sair com os caras. Nós vamos a um bar, o Micael vai encontrar uma nova garota e...’
‘Arthur.’ Eu o interrompi. ‘Não precisa, você não me deve satisfação.’ Balancei a cabeça e ele suspirou.
‘Tá. É só que...’ Ele me olhou como se pensasse no que falar. ‘Nada. Se cuida.’ Ele sorriu e eu acenei fechando a porta.
Segundos depois senti as lágrimas já começando a cair sem controle, sentei ali mesmo encostada na porta e abracei meus joelhos. Tudo ia voltar a ser exatamente como era, Sophia tinha razão, sempre teve. Eu sou uma idiota por nem ao menos conseguir dizer pra um cara com quem eu convivo há dois anos que eu o amo. Senti Diego me abraçar e o olhei sorrindo, ele passou as mãozinhas pelo meu rosto secando minhas lágrimas e eu o abracei apertado.
‘Vamos dormir meu príncipe.’ Me levantei carregando-o e fui até meu quarto. Ajeitei Diego em minha cama e fui ao banheiro trocar de roupa. Voltei minutos depois e encontrei Diego já dormindo tranquilamente, deitei ao lado dele com cuidado e fiquei o observando. Cada dia ele se parecia mais com Arthur e menos comigo, sorri fechando os olhos e adormeci logo em seguida.

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