- Nossa- ela riu- Tudo isso é saudade?- Ela
alisou o menino.
- Ela ia me bater ate eu ficar vermelho. -
Ele choramingou.
- E o que esta nojenta vai fazer? Nada, ela
não serve pra nada a não ser acobertar suas travessuras.
- Ele é uma criança, e outra você não tem o
direito de bater nele. - Lua dizia sem alterar a voz. - Vá tomar um banho que
temos muito o que fazer hoje.
- Ora, mais uma. - Ela disse observando o
garoto subir as escadas.- Olha não se meta no meu caminho, se não você terá...
- Terei o que?- Lua disse sem medo. - Acho
que o Sr. Aguiar não gostará de saber que sua querida esposa anda maltratando
funcionários de seu respeito.
- O Arthur não se importa com ninguém. Por
que você seria uma exceção? Lembre-se é só mais uma empregada, Então fica
novamente o aviso, não se meta no meu caminho- Ela saiu entre tropeços da sala
e Lua riu.
Algum tempo depois...
Aquela casa trazia sensações estranhas, a tensão naquele momento era
muito grande mais eu nem mesma sei porque. Estava arrumando as flores de um
vaso qualquer à espera de Robert que por sinal deveria estar fazendo espumas
por todo lado daquele banheiro. Sorri ao imaginar a cena.
- não é seu trabalho. - Disse se aproximando
com as mãos no bolso da calça. Estava vestida uma roupa casual e mais
confortável do que as outras mais escuras, respeitosas e trabalhosas. - Aliais
eu nem tive sinal do monstrinho. - Sorriu torto.
Soltei os ramos devagar segurando os braços.
-Bom... Ele acordou mais cedo do que o comum.
Esta no banho.
- Aconteceu algo? Hoje pela manhã?- ele
ignorou o comentário sobre o garoto. Lua engoliu seco. Não achava oportuno
falar, pelo menos, não agora.
- Não. De madeira alguma, por quê?
- Ouvi alguns ruídos, conversas, e duas vozes
familiares, deve ter sido apenas impressão- Sentou em um banco rodeado por
flores, que logo voltou a resmungar. - Droga! As odeio. - olhou serio.
- Por que não as tira?- Perguntou curiosa.
Ficou em silencio, observou o céu e então
suspirou fundo criando a coragem de em fim falar nela. - Minha ex-mulher as
adorava, Adorava qualquer ligação com alguma flor.- Ele sorriu. Nunca o vi sorrir,
Lindo e perfeito... O sorriso é claro
- HUmm, entendo.- Lua aproximou-se devagar do
homem.- Porque não cria uma estufa?- Lua falou baixo.
- Como disse?- Perguntou, tendo processar a
ideia.
-Uma estufa, assim... O senhor não ia se
incomodar com elas espalhadas por tudo não acha?- Ele assentiu atordoado.
- Não acho que ficar lembrando dela seria
bom...
- Bom seu filho tem que saber de quem El... -
Ela levantou percebendo a intromissão. - Oh, desculpe, não tenho este direito,
com licença. - pediu.
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