O silencio permaneceu, e eu já
sabia de seus pensamentos, eles faziam uma telepatia através de olhares.
-Você esta assumindo que é
louca?- Ele perguntou me olhando
calmamente nos olhos mas no seu olhar tinha alguma coisa dizendo para mim falar
que sim...
-NÃO, NÃO SOU LOUCA! QUANTAS
VEZES TEREI QUE LHE DIZER ISSO??- nesse momento eles não me respondiam. Ah
novamente isso ocorreu, eu quero chorar, parar nesse meu mundo, mas e seu
interferir no tempo do mundo? Eu olhava aqueles corpos gelados e principalmente
o de minha mãe, vê-la assim para sempre não me faria feliz, bem pelo contrario
seria infeliz, tenho que voltar e decidir o que é melhor...-AAAAIII- percebi
que já falava e que o meu tempo para pensar no meu suposto outro mundo já teria
acabado.- AAAIII minha cabeça, minha cabeça doí, eu não aguento, ela vai
explodir mamãe.- Minha cabeça doía e eu não conseguia agir.
-isso sempre acontece doutor, e
depois ela vai dizer que nós congelamos e que tinha que escolher o certo porque
se não seria tarde de mais- Minha mãe tampava meus ouvidos, mas tudo me veio a
mente em flashes rápidos, ela falava os meus delírio a ele.
-Roberta você já esta melhor- ele
praticamente soletrava.
-Sim- falei me recompondo, Isso
nunca viraria costume- Onde estávamos?
-Você estava assumindo que é
louca?- Eu chorei, mas um choro de uma lagrima só e a mais dolorosa, minha mãe
queria me ver bem essa era minha escolha, não era como é.
-Eu...eu...sim! Estou assumindo
que s...so...- as palavras não saiam de minha boca seca.
-Não complete, você já teve um
longo processo, em assumir...parabéns- ele esta me parabenizando por assumir
que sou louca, eles saem novamente e me deixam aqui só. Novamente os gestos,
mas a expressão de minha mãe era melhor, forçava minha mente para que com minha
anormalidade ouvisse. Mas não! Ela só agia quando queria, e isso me deixava
mais obcecada no meu problema, eu andava de um lado para o outro com as mangas
do casaco passando das mãos para esquenta-las, mas assim que me viram,
novamente pensaram que eu estaria sim Louca.
-AAAii- gritei num som abafado-
Me mostre qual é o meu caminho naquela clinica por favor.- a dor não passava, e
os flashes voltaram, mas como uma fissão não vista por mim antes muito embaçada
ela estava! Eram 5 pessoas creio eu, 2 moças e 3 rapazes, eles choravam
por...por mim e eu em sua frente...fazendo...ai meu deus não vejo nada...eu
estava brigando com ele, é um moço não muito alto, de cabelos pretos...aaai-
PARA, PARA EU NÃO AGUENTO....ISSO DOI ME MAXUCA.
-Filha, calma eu estou aqui.
-Mamãe eu não estou mentindo,
coisas acontecem, eu paro o tempo, -minha mãe me olhava nos olhos- eu vejo
coisas que podem acontecer, eu vejo meu destino e posso pensar em conserta-lo
ou não, não faço todos acontecerem, minha cabeça doi porque vejo flashs das
minhas escolhas ou escolhas passadas e só aparecem quando querem- ela me olhava
seria mente nos olhos- Acredita em mim por favor.
Continua...
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