Acabei
dormindo. E senti uma presença feminina, aliais, duas presenças femininas em
meu quarto. Vi Mel debruçada na escrivaninha seria, arregalou os olhos quando
viu eu acordar.
-O que foi M...Sai daqui. SAAI. EU NÃO TE QUERO
AQUI- Gritei vendo Lucia.
-Lua eu não sabia que era ele o garoto que você
beijou. O seu primeiro garoto.- ela sorriu. -Desculpa- debochada.
- Você esta bem?- Mel perguntou- Não queria que
ela entrasse insisti, mas ela hesitou.
-A culpa não foi sua não amiga. Só lamento
acordar assim, estragou meu dia.- olhei o nada- vou tomar banho.- olhei para me
pé- não sei como vou fazer mais vou. Ate a aula.
A única coisa boa daquele acampamento era que
os uniformes eram muito legais rsrs, e eram mesmo. Eu ainda pude escolher o que
usar. Peguei meus cadernos na outra mão pois a esquerda estava ocupada com a muleta . Percebi que estava atrasada, e de cara vi a enfermeira.
Perguntou se eu estava bem, se precisava de
algo e começou um dialogo interessante. Depois me acompanhou ate a sala.
-Com licença!- ela pediu- é uma aluna que
estava comigo, ela pode entra?- parece que o professor deixou. Ela se despediu
e quando entrei todos me olharam.
-Lua você esta bem- parecia que o professor já
sabia meu nome.
-Melhor impossível- olhei para Lucia e Arthur. -
desculpe você sabe meu nome, mas não sei o seu.- sorri.
-Marcelo- ele também sorriu.
-Meu pai se chama Marcelo. E pelo nome, você deve
ser o melhor professor daqui. Meu pai é ilário.
-Recebendo um elogio desses...
-Eu vim aqui pra ter aulas, não pra ouvir isso-
ouvi alguém dizer.
-Você tem uma ignorância tão grande, que não
sabe nem o que é isso. - ri, fazendo a turma também rir.
...
Depois
daquela discussão você pode imaginar o que aconteceu comigo né? Fui para a
diretoria. Simplesmente minha irmãzinha abriu aquela goela grande, eu disse para o
professor que não iria fazer o que ele pedia. Fiquei de castigo na sala lendo o
meu livro. Ate que ele não e ruim a história se parece com a minha, ele diz que
tem um irmão e que todos o adoravam só porque ele fazia o certo, o tal anjinho
sabe? Enquanto ele corria descalço o outro usava o tempo para calçar o chinelo,
seu pai dizia para não invadir o pátio do vizinho ele invadia porque era proibido,
porque não aceitava regras... Em fim é um livro bom ( Memorias de um Corsário).
Porquanto tempo será que minha irmã vai se fazer? Será que ela se
faz mesmo e eu posso estar enganada a seu respeito? Hahaha não, que doideira
minha.
-Não
sabia que estava aqui, desculpa. - pedi.
-Não
é porque estou namorando com a sua irmã que você não vai poder falar comigo. -
Disse Arthur. Sempre simpático. Um gesto que me derrete.
-Vai
por mim, é melhor deixar como esta. Não quero nenhum tipo de aproximação
contigo.
Eu faria de tudo para não fazer essa aula ridícula de teatro.
-não
aceito, não aceito e não aceito! Você não pode me forçar.
-Deixe
de ser birrenta Lua- a diretora dizia- Você vai fazer e pronto.
-Eu
não aguento mais essa... olha aqui como vou fazer teatro com o pé assim?-
tentava dar alguma justificativa.
-Você
vai e pronto, agora se me da licença, tenho mais coisas a fazer- então ta.
Aceitei a “expulsão” numa boa.
Ai
não dá como eu vou fazer isso. Não dá não tem como. Uma menina cheia de
personalidade mas tão tímida, cheia de determinação mas só pra que eu gosto de
fazer, cheia de esperança mas começando a ficar sem nenhuma.
-Qual
foi loira?- Chay me assustou.
-Idiota!-
coloquei a mão sobre me peito.- me assustou.
-Serio?
Nem percebi.- ele riu.
-Olha
eu não to com nenhuma paciência hoje ok. Então fala logo o que você quer que já
acabamos com essa pa...
Nenhum comentário:
Postar um comentário