"Eu Sou Pai?"

- Mais minha mãe diz que eu sou o bebê dela- fez bico.

- Aff, como chama sua mãe?

- Érr... Ana.

- Do que? O nome da...sobrenome por favor 

- AAAh nem lembro,  é muuuito grande.

- Sei, sei... então já ta tarde pra você andar sozinha assim, vem vou te levar pra casa.- disse guardando meu celular no bolso.

- Em casa? Não precisa, Eu moro aqui perto.

- Mesmo assim, vamos logo.

Ela foi o caminho todo sem falar nada e estava um clima tenso. Parecia que ela queria me esconder algo sabe? Ou não queria que eu visse algo.

- É aqui. Acho melhor você ir Arthur- disse ela nervosa e impaciente.

Logo veio saindo da casa um homem alto, mas não muito forte, aparentava estar bravo , zangado e bêbado, o que essa garota tava escondendo ein?

- Arthur serio, vai pra sua casa.- ela disse me empurrando com algumas lagrimas no rosto.

- Claro que não, o que foi? É seu pai?

- Não, é meu padrasto, Arthur vai pra casa se não as coisas vão ficar piores  por favor vai.

- Não, como vou deixar você aqui com esse cara.

- Entra logo Rafaela, ou você já esta esquecida.- Disse ele gritando da porta.

- - Eu vou te levar pro meu apartamento e você vai me contar o que esta havendo ok?

- Arthur n...

- Vem, ele nem vai dar sua falta, vai por mim.

Ela estava em estado de choque, sabe, é tão difícil de acreditar  que essa garota tenha uma vida... “agitada”... Foi tão estranho, quando chegamos naquela rua, perto daquela casa sua face se desfez, a Rafaela maluca se perdeu no meio de tanta... Tanta tristeza sei lá, só sei que não podia deixar ela lá não é?  O que vocês fariam no meu lugar? Deixariam-na lá correndo o risco de apanhar isso se já não apanhou dele ou fariam outra coisa? Pois é talvez antes eu não desse a mínima bola mas com ela foi diferente, senti que ela precisava de mim.

- Vem entra. - disse abrindo a porta do meu “APE”  pra ela. Ela estava com as mãos segurando os braços. -  não precisa ficar com medo, entra.